quinta-feira, 22 de maio de 2014

22 meses e...

Acredito que as crianças fazem todas as mesmas coisas mais ou menos por volta da mesma idade e também é sabido que as raparigas são, regra geral, mais despachadas que os rapazes (andam mais depressa, falam mais cedo, largam as fraldas mais precocemente), o que de resto é válido para tudo na vida e para qualquer idade!
Nestes últimos 22 meses (quase 23!) houve duas fases marcantes no desenvolvimento da Nônô...lembro-me de ter notado uma evolução enorme entre os 9 e os 12 meses, mas fiquei surpreendida com a sua evolução a partir dos 22 meses...neste último mês, as suas descobertas são uma constante, a sua ânsia de autonomia é evidente (já quer a todo o custo dispensar a nossa ajuda na hora das refeições, o que nem sempre é pacífico), a sua independência chega a ser assustadora (teima em querer vestir-se sozinha e até já tem as suas preferências na indumentária o que felizmente ainda está muito restrito à bonecada estilo "Minnie"), o seu crescimento é notório (está prestes a largar as fraldas e eu ainda não percebi se gosto ou se não gosto!), a linguagem já é fluente (repete tudo o que ouve e, mesmo que às vezes as palavras não lhe saiam foneticamente correctas, faz-se explicar até à exaustão ou, melhor dizendo, até os seus interlocutores captarem a mensagem na perfeição), a sua expressividade é já o reflexo de muita compreensão (é muito gratificante apreciar a sua atenção às histórias, tanto quando as ouve como quando as vê, e as suas reacções perante as acções dos personagens são muito divertidas). Também aqui já tem os seus gostos bem definidos...o seu preferido é o Timmy (uma ovelha muito engraçada que, embora tenha uma música super irritante no genérico, tem em cada episódio uma liçãozita de moral para ensinar); às vezes confunde o Timmy com a Ovelha Choné, mas como ambas são umas belas ovelhas "negras", a coisa passa despercebida...e o seu mais recente presente foi uma ovelha, não negra mas branca, à qual chama "Titi" e da qual nunca se separa!
Mas o que mais me tem fascinado no seu crescimento é o desenvolvimento da sua afectividade, principalmente para com outras crianças e sobretudo para com os bebés, porque isto mais do que ensinado é transmitido...
Sei que a escola contribui e muito para todo este processo (e para a nossa sanidade mental também!)...sou uma defensora acérrima das creches, infantários, jardins de infãncia, CDPBEV (centros de proliferação bacteriana e viral) ou o que lhes quiserem chamar e atribuo-lhes um papel fulcral não só na aprendizagem como na estimulação e gestão dos afectos...
Obrigado Lara, Sónia e Carla por tudo o que nos têm ensinado, ou como diz a Nônô, "Bigado Lala, Xônhia e Cala"!

Ana Pádua 
22/05/2014 

na escola...
...com um amiguinho
22 meses e...
...a ovelha chamada "Titi"

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