quarta-feira, 15 de maio de 2013

Um lugar encantado...

Este fim-de-semana fomos a um lugar encantado...o único local onde já fui vezes sem conta, nunca me canso de ir e quero sempre lá voltar. Não sei bem o que mais gosto por estas paragens...o acolhimento, a descontracção, as magníficas praias, a calma, a simplicidade, a gastronomia...Gosto disto!
Há muito que planeávamos este passeio, mas invariavelmente quando tínhamos tempo, o tempo não ajudava e, quando estava bom tempo, surgia sempre um contra-tempo... 
Desta vez foi diferente...decidimos em cima da hora, reunimos uns amigos e partimos sem hesitar...foi também a estreia da Nônô nestas andanças e a verdade é que se COMPORTA lindamente e já nos imaginamos a fazer muitas outras digressões na sua companhia...
Houve tempo para tudo...para passear, para descansar, para ver a praia (e foi mesmo só ver!) e para saborearmos os petiscos da região que são deliciosos, não fosse a mania dos autóctones colocarem em todas as iguarias, uma erva aromática denominada hortelã-da-ribeira, também conhecida por erva-peixeira ou alecrim-do-rio...não há arroz ou massa na região a que não se adicione o dito tempero e desconfio que até as sobremesas levam com esta cultura ervanária para não se ficarem a rir!
Tudo o que é prato é cozinhado com esta planta condimentar, que eu não aprecio, até porque é uma erva que aniquila qualquer sabor à sua volta, ou seja, prato a que se junte hortelã-da-ribeira só tem o gosto da hortelã-da-ribeira...um amigo afirma metaforicamente que a erva em questão é um vírus que contamina tudo à sua volta e a analogia é brilhante porque é mesmo isso que acontece e estragam-nos o paladar com esta "brincadeira"...
Soube há pouco tempo, que esta erva também é utilizada como repelente de todo o tipo de praga, pois a bicharada detesta o cheiro e o sabor em questão...e como eu os compreendo! São de facto intragáveis!!!
Bom, mas como já são muitos anos a petiscar por estes lados, já sabemos que o truque é pedir para não colocarem esta erva na nossa comida e, geralmente quando nos lembramos, isto resulta na perfeição e, só assim, conseguimos degustar o melhor da gastronomia que por ali se pratica...

Ana Pádua
15/05/2013

arroz do mar SEM hortelã-da-ribeira



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