segunda-feira, 28 de setembro de 2020

A promessa... ✌️

E finalmente chegou o dia que ansiosamente aguardávamos desde Março...de tudo aquilo que a pandemia forçosamente adiou, talvez a promessa dos escuteiros tenha sido o que mais dificilmente tivemos de aceitar.
A semana em que o mundo mudou e começámos a viver uma outra realidade coincidiu com a semana que há muito tínhamos sonhado e planeado e que culminaria num fim-de-semana memorável. Lembro-me bem da frustração que sentimos naquele momento e, nessa altura, estávamos longe de imaginar os meses de incerteza e de resiliência que se seguiram...
Num ano tão diferente do idealizado, esta foi a melhor resolução...proporcionou novas amizades e alguma socialização, incentivou o contacto com a natureza e o exercício físico, fomentou a ordem e a disciplina, ensinou a respeitar regras e hierarquias, incutiu patriotismo e respeito pelos símbolos nacionais e, acima de tudo, contribuiu para uma aprendizagem baseada na partilha e na interajuda. 
Nunca esqueceremos o empenho da Rita, a organização do João, o carinho da Mafalda e a simpatia do Pêpê (entre tantos outros!) que nunca descuram a segurança e protecção dos mais novos, mas simultaneamente estimulam a sua independência e autonomia a cada jornada e, sem dúvida, fazem a diferença num agrupamento onde o companheirismo e o altruísmo são a melhor bandeira...talvez por isso, no meio de tanto distintivo e insígnia com que temos aprendido a lidar, aquele que nos enche de orgulho pelo que representa é mesmo o distintivo do agrupamento, neste caso, o 729-Cascais!
O dia de ontem foi marcado pelo encerramento do ano escutista com uma celebração linda que, para os lobitos, teve um sabor especial pela solenidade do momento. 
Foi uma cerimónia diferente, mas nem as máscaras colocadas nos rostos de todos os presentes esconderam os sorrisos de felicidade, nem o distanciamento social impediu que sentíssemos o afecto de todos os que abraçam este movimento.
Que o lenço amarelo recebido, que simbolicamente representa o sol, continue a iluminar a vida de todos os lobitos e que continuem a crescer uns com os outros e para os outros...

✌ Alerta, sempre alerta para servir! ✌

Ana Pádua
28/09/2020



orgulho

a entrega do diploma



felicidade





o diploma

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

A caminho da escola (parte 3)

Hoje iniciou-se mais um ano lectivo e, com ele, o 3º troço dum caminho que começou aqui, já passou por aqui e também por aqui e que, seguramente, seguirá o rumo que desejamos.
O entusiasmo do regresso às aula não foi o desejado, não pelo receio da pandemia nem pelas contingências impostas, mas porque a Nônô tornou-se grande adepta das medidas adoptadas pelo Costa num passado recente e queria continuar no ensino à distância. À excepção de dois coleguinhas de quem realmente tinha saudades, do resto nem queria ouvir falar! Pior, ao longo destes infindáveis 6 meses, a cada passagem de carro em frente ao estabelecimento de ensino que frequenta, ordenava que se acelerasse e, nos últimos dias de férias, ainda se atreveu a dizer que em anos anteriores era frequente ter ataques de tosse e séries de espirros na escola e, antes que tivesse alguma ideia menos feliz, foi incentivada a escrever uns textozitos sobre a maravilhosa escola, o desejado regresso às aulas e a felicidade dos reencontros.
A Nônô não está habituada a grande alarido à volta do COVID e tem o seu próprio sentido crítico em relação à pandemia e mais ao histerismo de certas pessoas e seus (in)consequentes comportamentos. Distrai-se com a criatividade de certos EPIs, entretém-se a contabilizar condutores de máscara e diverte-se a relatar alguns episódios que a intrigam, como é o caso do seu último passeio no parque, na companhia de um amiguinho e da sua coelha Oreo. Nesse dia, enquanto andavam de bicicleta, foram surpreendidos por uma criatura que, ora praguejava, ora esbracejava, ora andava em círculos de braços abertos, mais parecendo um Border Collie a controlar um rebanho, o que até é uma imagem enternecedora, não fosse o seu "rebanho" reduzido a uma companheira de máscara na mandíbula e mais uma cria de tenra idade colocada sobre um daqueles aparelhos usados pelos adultos para se ginasticarem. A situação já era suficientemente caricata, mas piorou substancialmente quando a criatura começou a indignar-se com a Oreo e, pior do que isso, chamou-lhe "porcaria de coelho", o que para a Nônô é ofensivo, não só pelo adjectivo usado, mas porque exige que tratem o seu animal de estimação pelo nome próprio e, em caso algum, admite que lhe troquem a identidade de género! Aí, a Nônô ficou mesmo irada e só não atacou o "rebanho" e mais o "cão" pastor por causa do distanciamento social...
Hoje, o ano escolar começou de um modo muito diferente...há restrição das entradas na escola, há contenção na expressão dos afectos, há percursos assinalados no chão, há obrigatoriedade de máscaras para professores e auxiliares, há horários alargados e intervalos mais curtos, há regras sanitárias e planos de contingência, mas também há amor, há dedicação, há resiliência, há sorrisos com os olhos e abraços com o coração, há vontade de consolidar aprendizagens e adquirir novos conhecimentos e, acima de tudo, há a confiança de sempre!
Apesar de todas as medidas de segurança, o risco nunca será nulo, nem na escola nem fora dela. A proximidade entre as crianças vai ser inevitável e a partilha de objectos difícil de controlar, portanto...
Há que continuar a viver...
Há que aceitar este "novo normal"...
Há que ter esperança num futuro próximo...
Há que ter consciência que o ano será de trabalho, de muito trabalho... 
Há que fazer o melhor e evitar o alarme social...
Há que confiar nas pessoas a quem um dia escolhemos entregar os nossos filhos e que, durante este ano tão atípico, deram provas mais do que suficientes que estão à altura de grandes desafios...
Há que acreditar que tudo vai correr bem, aliás SÓ PODE CORRER BEM!
Um excelente começo de ano lectivo para todos os alunos, pais, professores e auxiliares, com o desejo ardente de não nos encontrarmos em nenhuma (mesmo nenhuma!) reunião virtual...

Boa sorte Nônô e que o caminho da escola NUNCA deixe de ser o caminho da felicidade!

Ana Pádua
16/09/2020


o caminho da escola

o caminho da felicidade










o início do 1º troço...
o início do 2º troço...



...e rumo ao 3º troço!

memórias do Verão

sexta-feira, 26 de junho de 2020

♾ Celebração em dose dupla ♾

Hoje é dia de festa, não só porque a Nônô celebra o seu 8º aniversário mas porque o ano lectivo chegou ao fim!
Foi um ano diferente dos demais, sobretudo este último trimestre, onde embarcámos numa viagem, talvez a viagem da nossa vida, não por a termos sonhado mas pela aprendizagem que trouxemos na bagagem.
Uns gostaram mais do que outros (nós gostámos!) e, salvo o propósito de tão inusitada aventura, vamos recordar para sempre este capítulo da história e, por isso, hoje acordámos com uma espécie de saudade dum futuro tão diferente daquilo que imaginámos e uma nostalgia por acreditarmos que não voltaremos a vivenciar uma experiência tão intensa e enriquecedora.
Estreitámos laços mesmo que à distância, conhecemo-nos melhor a nós e aos outros (incluindo pais, alunos e professores), aprendemos muito na interajuda, relembrámos matérias tão longínquas, testámos limites, descobrimos talentos, desenvolvemos aptidões, reinventámo-nos  e desenrascámo-nos em muitas áreas, experienciámos uma espécie de ensino doméstico, aprendemos a dominar as novas tecnologias e tornámo-nos entendidos em tudo o que é plataforma e aplicação!
O tempo voou com a velocidade que desejávamos e entre as aulas a que obrigatoriamente os alunos tinham de assistir e as tarefas estipuladas, juntou-se a telescola, muito bem organizada por sinal, e mais um número considerável de actividades que foram vivenciadas com entusiasmo e uma intensidade que jamais julgámos possível.
A Nônô não quis perder pitada do que a nova realidade tinha para oferecer...tem uma fixação por tudo o que é dispensador de álcool-gel e usar máscara é uma festa, mais que não seja porque é sinónimo de desconfinamento e alguma socialização, já para não falar nas apreciadas reuniões virtuais que, em determinados momentos, já saturavam...eram as videoconferências da escola no teams (mais o inglês, a educação física, o corpo e movimento, a música e o ATL), as videochamadas dos escuteiros, a catequese no zoom com umas aulas de yoga pelo meio para as criancinhas ficarem "zen" e mais as reuniões que a Nônô marcava à revelia com as amiguinhas e, caso uma pessoa tivesse urgência em enviar um mail, a única solução era socorrer-se do telemóvel, o que atendendo à idade, revelou-se uma tarefa quase tão complicada como actualmente visualizar pulgas em cima dos cães!
Desde a primeira hora que o objectivo era salvar da melhor maneira possível o ano escolar e estamos gratos às professoras Carlota e Cátia que, sem dramatismos ou lamentações, levaram a nossa embarcação a bom porto, sem medo algum de naufragar. Não esqueceremos a planificação e a organização, a disponibilidade e a segurança e, acima de tudo, a paciência para lidar com alunos e pais e até para ver, vezes sem conta, os animais de estimação de cada casa, os quais ficaram com um grau de literacia único!
Hoje, quando o nosso barco ancorou e já com o 3º ano no horizonte, o sentimento foi de missão cumprida com a consciência que este ciclo se viveu e encerrou em pleno e com a crença que o melhor está para chegar.
Hoje também celebrámos o aniversário da Nônô com o desejo que o número 8, símbolo de equilíbrio e amor eterno, represente, mais do que nunca, a prosperidade e a bem-aventurança de um mundo novo, onde cada sonho seja sempre infinito (♾)...

Parabéns querida Nônô pelo teu aniversário e pelo teu empenho ao longo desta viagem! 

Ana Pádua
26/06/2020

Celebração em dose dupla

Parabéns pela navegação!

Parabéns pelo aniversário!

terça-feira, 12 de maio de 2020

#EstudoEmCasa

Desde há cerca de dois meses que as criancinhas estão numa espécie de ensino doméstico com o objectivo de conseguir minimizar os danos colaterais de toda esta contingência em que forçosamente mergulhámos e salvar, da melhor maneira possível, o ano escolar. 
Esta experiência tem sido vivenciada de maneiras muito diferentes por cada família...a maioria dos pais não são professores, muitos estão em teletrabalho, outros continuam a trabalhar fora de casa e vários têm mais de dois filhos nesta nova versão de ensino e, para estes últimos, vai a minha admiração e respeito porque, isso sim, deve ser complicado! 
Por aqui o drama é outro! A Nônô está a apreciar bastante o ensino à distância e nem quer é ouvir-me dizer que o Costa se precipitou com a decisão de manter as escolas fechadas até ao final do ano lectivo e, quando ouso opinar sobre o assunto, lança-me logo um olhar fulminante comparável aquele que recebo duns quantos que pensam que vamos todos "quinar" deste mal e mais dos outros que preferem ficar em casa com o ordenado reduzido do que no activo a receberem-no por inteiro. A única certeza que tenho é que mais depressa a enviaria para a escola do que permitiria que fosse inoculada com uma vacina desenvolvida em tempo recorde, até porque convenhamos não teremos uma vacina tão cedo e eu temo muito mais um novo pico da pandemia no próximo Inverno do que neste Verão.
A adaptação à nova realidade foi tranquila até porque a Nônô já estava habituada a um certo ritmo e horário de estudo em casa, pelo que só houve necessidade de ajustar o tempo estipulado para tal...contrariamente às opiniões de alguns "experts" na matéria que consideram contraproducente o estudo acompanhado das crianças e mais uns tantos que defendem que os alunos do 1º ciclo só devem brincar e praticar mil e um desportos até caírem para cima do prato da sopa à hora do jantar, a verdade é que dou por muito bem empregues todos os 30/45 minutos diários utilizados desde que iniciou o seu percurso escolar com o objectivo de incentivar, não tanto o estudo mas a concentração, que acaba por ser o maior dos desafios! Considero que a maioria das crianças não tem grandes dificuldades de aprendizagem, mas invariavelmente tem sérias dificuldades de concentração e tudo, mesmo tudo, é um óptimo pretexto para se distrairem...mas a concentração também se promove, treina e ensina, mas é preciso muuuuiiiiita paciência! Como já li por aí "se ao fim de uma semana de quarentena estávamos à janela a aplaudir os médicos, no fim disto tudo, estaremos de 3 em 3 horas a bater palmas aos professores".
O ensino é uma experiência enriquecedora e é apaixonante ver a evolução da escrita, o desenvolvimento do cálculo mental e a descoberta do meio ambiente, o que torna todo o processo de aprendizagem gratificante. 
O homeschooling sempre me despertou imensa curiosidade, não por defendê-lo ou por alguma vez o ter ponderado, mas porque um casal amigo o adoptou para os seus filhos e com resultados brilhantes. Claro que é um caso excepcional porque ambos os pais foram professores antes de terem outra actividade, o SUPERTMATIK, uns jogos didácticos que visam ensinar enquanto se brinca e que depressa conquistaram o mercado das escolas, com torneios e campeonatos pelo meio. Já temos o jogo de matemática, o de inglês e o de ortografia vem a caminho!
O meu respeito e admiração pelos professores não começou só agora. Sou filha de professora primária e tenho "discussões" quase filosóficas com a minha mãe que fica horrorizada com a letra da Nônô, mais concretamente com a falta do famigerado manuscrito nos seus textos; já para mim, a questão é secundária porque depende do método de ensino e porque a nossa letra muda ao longo da vida e eu nem me recordo da última vez que escrevi um "m" com três pernas, que rapidamente ficou reduzido a duas e, hoje em dia, foi substituído por um traço. Tenho plena consciência que assassinei a minha letra ao ponto de, em certos dias, ter dificuldade em decifrar o que escrevo...por isso, a minha exigência para com a Nônô, não se prende tanto com a caligrafia mas muito mais com a ortografia, e ela já sabe que só a largarei da mão quando não der erros de português (o que encaro quase como uma missão!), portanto há que testar, testar, testar, ou melhor, praticar, praticar, praticar!
Na escola da Nônô, a comandante dos pequenos "marujos" entrou de licença de maternidade em Janeiro, pelo que a nova professora entrou no barco já com a viagem iniciada, mas depressa ficou ao leme da embarcação e, nem mesmo a tempestade que ainda atravessamos nem o Cabo das Tormentas e mais o temível Adamastor abalaram o bote, cuja navegação segue de vento em popa, com a rota bem definida, a faina organizada e com a convicção que irá ancorar em segurança no 3º ano.
Estamos gratos à Carlota porque embarcou neste projecto e abraçou toda a tripulação com empenho e dedicação, como se o barco fosse seu desde a 1ª hora...tem sempre uma palavra de incentivo para as crianças, está sempre disponível para os pais, faculta propostas de trabalho diversificadas, providencia ferramentas para estarmos em permanente contacto, não descurando nunca a importância da socialização, ainda que virtual e, acima de tudo, zela para que esta vida de marinheiros não dê cabo de todos nós!
Para trás ficará uma viagem que todos desconhecíamos à partida e para a qual não houve planeamento possível nem tão pouco uma carta de navegação, mas será uma viagem marcante pelas amarras que criámos, pela aprendizagem inigualável a todos os níveis que nos está a proporcionar e seguramente será recordada com saudade por muitos alunos...por agora só temos a certeza que em breve dobraremos o Cabo da Boa Esperança e com uma alegria imensa vamos gritar: TERRA À VISTAAAA!

Ana Pádua
12/05/2020

#EstudoEmCasa

A obra "Terra à vista"
A Nônô e o 2º ano





sábado, 28 de março de 2020

Enquanto não há amanhã...

E de repente, um pesadelo chegou e a vida mudou...os sonhos ficaram suspensos e todos os planos deixaram de fazer sentido ou tiveram de ser irremediavelmente adiados porque o amanhã ninguém sabe como e quando será...
Por agora a palavra de ordem é resiliência e...paciência!
Não é fácil, principalmente para aqueles que estão na linha da frente, os heróis deste tempo, sem tempo, mas também para aqueles para quem o tempo não passa com a rapidez desejada nesta quarentena do declarado estado de emergência (mesmo que seja um estado de emergência assim assim!).
Neste momento, o histerismo e o facilitismo são as duas faces da mesma moeda, moeda essa que seguramente não contribui para o que quer que seja. Tentar manter o foco, o realismo e a esperança não é tarefa fácil mas é o desafio que se impõe!
Tentamos que o medo não nos faça deixar de ser razoáveis, o que nalguns casos é impossível. Optei por não ver noticiários, pois começava logo a sentir-me febril e com sintomatologia respiratória, pelo que passei a restringir a informação à análise do Paulo Portas, à opinião do antigo director geral de saúde e às estatísticas publicadas diariamente por um colega meu que tem prestado um óptimo serviço público.
Tenho a sorte de ir trabalhando quando é necessário a bem da saúde animal, mas também a bem da minha sanidade mental e de todos aqueles que me são próximos...
O distanciamento social, para mim, talvez seja a parte mais ingrata destes condicionamentos todos, não tanto pela escassez de afectos imposta, mas pela falta de convivência e diálogo com muitos daqueles de quem sinto falta.
Num passado, não muito distante, lembro-me do meu irmão mais velho queixar-se à minha mãe por eu não me calar e também me recordo de alguém se expressar ironicamente por eu ter sempre qualquer coisa para contar e o pior de tudo é que continuo com vontade de não me silenciar e tenho imensas coisas para dizer, mas faltam os interlocutores! Claro que existem os telefones, mas não é a mesma coisa! 
Nunca imaginei que um dia, uma ida à padaria fosse o momento alto do meu dia, nem tão pouco que uma incursão ao supermercado fosse o ponto alto da semana!
Daí que, frequentemente dou por mim a ter conversas em contra-relógio com quem está à minha frente na fila do supermercado, a trocar impressões na bomba de gasolina com a rapariga que abastece o carro ao mesmo tempo que eu ou a esclarecer dúvidas existenciais, a partir da minha varanda, sobre o cão que anda a passear com o vizinho que vive no fim da rua onde moro há tanto tempo como ele.
O tempo não se coaduna com a boa disposição de outrora, mas o sentido de humor e a criatividade dos portugueses é, como sempre, imbatível. Tenho um irmão e uns colegas de profissão que têm sido inexcedíveis nas mensagens enviadas para o whatsapp, melhores a cada dia que passa em forma e conteúdo...
Quero expressar gratidão por outras mensagens, estas mais sérias, que me surpreendem pelo zelo demonstrado...
Quero acreditar que os laços que nos unem são mais fortes que aqueles que nos separam e que, no fim disto tudo, se transformarão em amarras e aprenderemos definitivamente a valorizar o que de verdade importa, as pessoas!
Quero ter fé no hashtag "#vamostodosficarbem" e, embora infelizmente saibamos que não é bem assim, que pelo menos, possamos encontrar o tesouro que está no fim do arco-íris e que agora figurativamente representa a saúde, o bem mais precioso. O nosso arco-íris já foi colocado na janela à espera que o amanhã chegue depressa!
Quero ter esperança numa vacina que seguramente aparecerá para imunizar todos aqueles que não ficarão naturalmente imunizados pela exposição ao vírus.
Quero voltar a passear no paredão com a minha filha, almoçar com a família, rir-me com os amigos, contemplar o mar sem pressa, fazer o que quero, como, quando e onde me apetece, falar presencialmente até que a voz me doa, reencontrar com a maior brevidade possível todos aqueles que fazem parte da minha vida e abraçar e beijar quem amo...por isso, enquanto não há amanhã, ilumina-me!

Ana Pádua
28/03/2020


#vamostodosficarbem