sexta-feira, 28 de junho de 2013

"antes" e "depois"

Há uma fotografia da Nônô recém-nascida que eu guardo com carinho, não só porque foi tirada no 1º dia da sua vida, mas porque foi a 1ª vez que consegui fotografa-la com os olhos abertos e ainda por haver um detalhe que ficou registado pela minha objectiva...nesse dia, a Nônô usava uma camisola que foi a peça de roupa mais pequenina que alguma vez constou do seu armário e, por conseguinte, foi também a peça que mais depressa lhe deixou de servir e, nessa altura, eu tive plena consciência que a bebé ia crescer...
A peça em si era um básico, do qual eu gostava particularmente por ser muito prático...foi comprado pela minha mãe e tratava-se de uma camisola traçada em algodão branco, com vários pares de ténis estampados, de manga curta e com uma abertura super fácil como se quer nos primeiros dias onde a destreza das mudas de roupa ainda não está no seu melhor...não tinha nada a ver com os cueiros onde têm a mania de enfiar os recém-nascidos; tentaram convencer-me que estas "vestes" também são muito práticas para os bebés, mas não me conseguiram persuadir com os argumentos usados porque eu, ao vê-los naquele amontoado de tecido que parece não ter fim, cheios de laços com fitas de metro, sentia-me asfixiada e, quanto aos bebés, mesmo sem trono ou reino, ficam com um ar principesco ao qual pessoalmente não acho muita graça!
Há umas semanas atrás, a minha mãe que já nem se lembrava da 1ª camisolinha da Nônô, ofereceu-lhe uns básicos onde surpreendentemente constava uma camisola exactamente igual à 1ª mas consideravelmente maior, e foi um entusiasmo para mim porque por momentos revivi os seus primeiros dias de vida...
Fui buscar a 1ª camisolinha da Nõnô ao baú onde guardo as suas peças mais emblemáticas e colocando-a ao lado da nova, apercebi-me do quanto a Nônô cresceu num ano...e lá vieram os "mixed feelings" da saudade e do contentamento...
Fiz umas fotos e não resisti ao "antes" e "depois", com a particularidade de ambas as fotografias terem sido tiradas no mesmo dia, mas com um ano de diferença...há acasos inesperados e coincidências felizes!!!

Ana Pádua
28/06/2013

"antes" e "depois"
com 1 dia
com 1 ano

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Happy Birthday my little treasure!

Já passou um  ano desde que a Nônô nasceu e como o tempo voou! Ainda ontem era uma bebé completamente indefesa e dependente e agora faz pequenas conquistas todos os dias...adoro observar as suas descobertas e reacções, ver como quer ser independente a todo o custo...já dispensa o "colinho" e prefere explorar o mundo por si mesma. É uma aventura diária!
Gostamos muito de ver a Nônô crescer, mas temos uma saudade incrível do tempo em que era mesmo bebé...na verdade ela ainda é bebé, mas este sentimento contraditório de querermos vê-la crescer mas simultaneamente querermos guarda-la pequenina para sempre é difícil de gerir! É um sentimento estranho, é como termos uma saudade imensa dum tempo que ainda não passou!...
Foi um ano mágico em que tudo mudou, tudo mudou para melhor, para muito melhor!
Foi também um ano de adaptação a um mundo novo e desconhecido que surpreendentemente não foi difícil!
Tentámos não mudar muito as nossas rotinas, mas tivemos de adaptar os nossos gostos, costumes, ritmos e horários.
Claro que houve pequenas mudanças...a televisão que habitualmente estava sintonizada na SIC Notícias (porque eu era viciada em notícias!) agora varia entre o Canal Panda e o Disney Junior (o Baby First é para "meninos"!), canais que eu nem imaginava que constavam do pacote ZON cá de casa! As séries favoritas do Pedro foram substituídas pela Hora do Timmy, pelos Piratas da Terra do Nunca e pelo Bunnytown, entre outros do género!
O Phil Collins também já se calou há uns tempos e as músicas da Xana Toc Toc ecoam a toda a hora nos meus ouvidos e o pior é que é mesmo muito fácil memoriza-las e, sem nos darmos conta, já as cantarolamos como se nunca tivéssemos ouvido outra música na nossa vida!
Os restaurantes da nossa perdição também foram postos de lado, porque as tascas que adorávamos eram um pouco barulhentas e tivemos de descobrir uns restaurantes mais "baby friendly"...
O horário da praia foi a parte mais difícil de gerir, porque nós gostamos mesmo do Sol nas horas proibidas...o ano passado quase que não vimos o astro rei, mas este ano já fomos a banhos e foi tão bom vermos a loucura da Nônô na água...também não poderia ser de outra maneira!
Ah, também sinto falta de uma noitadazita a dançar, mas isso não é importante!!! 
O balanço deste ano é muito positivo e a nossa maior recompensa é vermos um sorriso constante!
Acho uma graça a  Nônô ser extrovertida e sociável, mas acima de tudo feliz!
Muitos anos desta felicidade contagiante é tudo o que lhe desejamos!

Happy Birthday my little treasure! 

Ana Pádua
26/06/2013






quinta-feira, 6 de junho de 2013

Hoje deu-me para isto # 1

Nunca tive muito jeito para trabalhos manuais, como a pintura ou os bordados, mas aprecio imenso quem tem talento de artista. Também não tenho muita paciência para coisas minuciosas, até porque não sou muito delicada no tacto e, regra geral, onde ponho as mãozinhas, em vez de consertar, desconserto, de tal modo que o Pedro costuma dizer que os meus dedos mais parecem uns alicates de grifos...
Mas no meu imaginário sempre esteve presente aquele tipo de quadro oferecido por uma "tia" prendada quando a cegonha nos deixa a encomenda...o belo do quadro bordado em ponto cruz, onde consta o nome da criancinha, mais a data de nascimento e, em certos casos, o peso e a altura com que a mesma veio ao mundo...
As tias verdadeiras da Nônô, que é como quem diz as minhas queridas cunhadas, têm mais que fazer que ponto cruz, e as "tias" emprestadas, ou seja as minhas amigas, até que são dotadas de muitos predicados, mas nenhuma executou o que eu tinha sonhado e, por isso, resolvi armar-me em moça prendada e fazer um quadro para o quartinho da Nônô...
Numa bomba de gasolina perto de minha casa adquiri uma revista que, passo a passo, me deu umas ideias e dicas preciosas para a execução do trabalhito...com um tecido próprio para o efeito e mais umas linhas de cores bem vivas e divertidas lá me iniciei nas artes e, embora tenha ficado pelo nome "Leonor" e mais uma bonecada escolhida ao acaso, embrenhei-me no assunto como se não houvesse amanhã...
Aquilo é um bocado viciante, uma pessoa começa e depois não consegue parar...abstrai-se de tudo, alheia-se do mundo ao redor e esquece-se até do horário das refeições...só descansamos mesmo quando terminamos!
Bom, depois foi só emoldurar a "obra prima" e até que não me saí nada mal...deve ter sido mesmo sorte de principiante!...

Ana Pádua
02/06/2013

a execução da "tela"

a "obra prima"