quinta-feira, 24 de junho de 2021

9 anos...e o grito do Ipiranga!

Hoje a Nônô festeja o seu 9º aniversário e, sem avisar, metade do caminho até à maioridade já foi percorrido!
A magia e a inocência da infância começam a ficar para trás e a crença nalgumas entidades queridas que davam um jeitão, como a fada dos dentes, o pai Natal e mais o coelho da Páscoa fazem parte dum passado, que embora tão recente, já deixa uma saudade imensa...reconforta saber que povoaram o seu imaginário durante vários anos (mais do que à partida seria espectável) e foram heróis de inúmeras histórias recordadas com carinho e protagonistas de muitas vivências que foram ficando registadas na sua memória.
Por outro lado, o mundo encantado das princesas nunca a seduziu e sempre teve, isso sim, um pequeno fascínio pelo desporto rei e, como frequenta um ano maioritariamente formado por rapazolas, as únicas três meninas da turma tiveram de lutar pelo seu lugar ao sol no mundo do futebol...não há semana em que as canelas fiquem isentas de hematomas, as mãos e os joelhos se salvem de ficar esfolados e não se contabilizem dois ou três pares de calças rasgadas, mas a destreza com que manuseia a bola e finta o adversário, valeu-lhe entre os amiguinhos das férias de Verão, o título de LR7.
Mas a bela idade que hoje celebra, significa o final de um ciclo e o começo de outro e carrega todo um sentido de esforço no desafiante processo de crescimento. Assumir responsabilidades e entender as leis da vida, como a sua finitude, causam ansiedade e inquietação, mas simultaneamente são fundamentais para o desenvolvimento da coragem e da determinação.
A independência e a autonomia, indiscutivelmente apreciadas, tornam-se cada vez mais evidentes. É a idade da afirmação, do pensamento crítico, da argumentação e, como se por si só isso não bastasse, a escola ainda incentiva os meninos a serem interventivos, pelo que as criancinhas têm uma opinião sobre qualquer tema e uma palavra a dizer sobre qualquer assunto, com tudo o que isso tem de bom e de menos bom...
A par disto, não há gancho, laço ou elástico que se aguente mais de um minutos na sua cabeça (geralmente é o tempo de conseguir uma fotografia!), pois a liberdade que reivindica para o seu cabelo é equivalente aquela, que em surdina, vai tentando conquistar...
Em Abril passado, lá deve ter visto nalgum calendário (daqueles que assinalam tudo, mesmo o que queremos esquecer!) uma data que lhe sugeriu liberdade e lembrou-se de começar a reclamar uma certa anarquia para esse dia, pelo que houve necessidade de lembra-la que, por casa, ainda vigora o antigo regime...
É sabido que o dia da revolução há-de chegar, não a dos cravos, mas talvez a das hortenses, que adoramos e que, por sinal, florescem em casa da avó Nhõnhõ nesta época do ano, mas até esse dia chegar, há que aproveitar cada fase desta nova idade que se antevê tão fascinante como desafiante...

Parabéns querida Nônô e que o teu dia seja tal e qual como sonhaste!

Ana Pádua
26/06/2021

9 anos...

...e o grito do Ipiranga!

a sair da "toca"

tudo isto e muito mais!



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