terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Fim-de-semana (em) GRANDE!!!

O último fim-de-semana foi grande, ou melhor dizendo foi em GRANDE!!!
Começou logo na 5ª feira com a festa de Natal na escola da Nônô, onde todos os anos somos convidados a reflectir sobre um tema e, este ano, fomos tentar descobrir onde está o Natal e foi tão bom ouvirmos da boca das crianças onde realmente devemos encontra-lo...nas pequenas coisas (tantas vezes esquecidas), nas tradições antigas (que devemos esforçar-mo-nos por manter), nos gestos simples (que fazem a diferença), no espírito da quadra (que deve estar sempre presente), nas recordações de outros Natais (que tanto nos reconfortam). A decoração da escola é sempre um primor, mas este ano superou todas as expectativas e eu fiquei encantada com alguns dos trabalhos que vi por lá e que adorava conseguir reproduzir, nomeadamente uma das árvores que tinha tanto de simples como de original...tudo em GRANDE!
Na 6ª feira foi dia de teatro, mais concretamente assistimos à peça "A Bela e o Monstro", que nesse dia integrava um projecto solidário de apoio às famílias carenciadas do concelho e, assim, ao invés da aquisição de bilhetes, a junta de freguesia de Cascais solicitou a entrega de cabazes de Natal (que serão distribuídos durante esta quadra) e a iniciativa e a adesão foram em GRANDE! Portanto um espectáculo a não perder e, tal como na peça, faço minhas as palavras do mordomo do príncipe que dizia constantemente "Quem te avisa, amigo ééééééééééééééé..."
No Sábado foi o dia de irmos ver a magia da quadra em "Cascais Vila Natal" e foi uma tarde de animação e diversão em GRANDE! O carrossel que não parava de girar, a casa do Pai Natal com o próprio sempre disponível para anotar mais um pedido ou para tirar mais uma fotografia, o presépio humano onde nem faltavam os Reis Magos e os respectivos camelos de verdade, uma pista para patinagem no gelo (que foi assim o local onde passei a maior parte do tempo!), os alces que felizmente estavam presentes (porque o que sempre intrigou a Nônô foi vislumbrar o Pai Natal e renas nem vê-las!) e ainda houve tempo para a Nônô responder a umas perguntas duma jornalista do CMTV que ia acabando de vez com o imaginário desta época...é que uma pessoa esforça-se para tentar explicar o inexplicável às crianças, tal como o facto de existirem vários tipos de Pais Natal (uns gordos outros magros, uns altos outros baixos, uns simpáticos outros nem tanto, já para não falar daquele que foi a nossa casa no último Natal e a Nônô "topou" que tinha as barbas presas às orelhas com um elástico), mais a cena das renas (que é raro avistarmos uma e temos de pôr cenouras na chaminé e dar-lhes sumiço que, há falta de melhor, é um bom álibi) e depois vem uma jornalista do CMTV de microfone em punho e, por entre as perguntas da praxe da cartinha ao pai Natal e dos presentes pedidos, tem a brilhante ideia de indagar se as criancinhas acreditam mesmo que o Pai Natal consegue ler todas as cartas que lhe escrevem e se não seria mais conveniente usarem novos métodos (tipo mail, sms, messenger, whatsapp, entre outros), enfim, microfone e CMTV sugeriu-me, por momentos, lago dos patos!...
E no Domingo foi o dia de cumprir a promessa feita há muito tempo à Nônô...visitar a KidZania e foi um programa em GRANDE! Experimentou várias profissões, de polícia a engenheira alimentar, de doméstica às compras a empregada do McDonald´s, de veterinária a bombeira...esta última foi o delírio total com direito a andar num carro apropriado e ainda apagar um fogo! Aliás, à entrada deste parque de diversões foi-nos oferecido um cartão de mérito para entregarmos ao colaborador que, a nosso ver, melhor entretivesse as crianças e, achámos por bem, que o "prémio" fosse concedido à corporação de bombeiros...não é que dessem para mostrar os abdominais num calendário de 2018, mas jeito para as crianças, paciência e simpatia não lhes faltavam e, acima de tudo, distinções para os bombeiros nunca são demais...
 
Um Feliz Natal e um 2018 em GRANDE!!!

Ana Pádua
12/12/2017

uma rena traquina 

uma entrevista para o CMTV...

...e o encontro com o Pai Natal

o elenco da peça "A Bela e o Monstro
a mensagem de Natal da escola...
...e a festa na escola


















bombeira na Kidzãnia

...and girls on ice


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Temos asas nos pés, temos asas...

Sem me dar conta, os ídolos da Nônô mudaram no decorrer do último ano e, de repente, a Luna (uma criatura de quem eu nunca tinha ouvido falar e, entre outras coisas, sabe patinar) passou a fazer parte da nossa vida.
Nas últimas festividades do dia da criança em Cascais, estava montado um "estaminé" da Decathlon com muitas actividades e com uns colaboradores para lá de giros e simpáticos e com uma paciência infinita para a criançada que me deixou extasiada. A Nônô quis logo experimentar a patinagem e, nem a imensa fila que tinha pela frente, a fez desistir...a partir daí e até ao seu aniversário, não se cansou de pedir uns patins em linha e eu só temia que partisse os dentinhos da frente, algo que eu tanto estimo e que sempre tentei preservar-lhe.
No dia em que recebeu os ambicionados patins, só não dormiu com eles porque não calhou e, desde então, a cozinha da avó, a nossa varanda ou mesmo a minha clínica são um perfeito ringue de patinagem. Claro que às vezes também cai, mas diz logo "estou bem", levanta-se e segue o seu caminho e, mais recentemente, ao estilo da patinagem artística, já se aventura e quer rodopiar...
Explicar a uma criança como se patina e algumas técnicas não é tarefa fácil, ou melhor, não é tão fácil como explicar-lhe como se anda de bicicleta, poisuma pessoa segura no guiador e vai dando umas dicas, pelo que resolvi também arranjar uns patins para mim e esta foi a verdadeira aventura!!!
Há muito tempo que não me ria tanto sozinha, que não me ria tanto de mim nem das figuras que fiz...eu pensava que andar de patins em linha era facílimo a avaliar pela destreza com que a maioria das crianças o faz, mas não, é mesmo muito difícil e, assim que os colocamos, sentimos literalmente o chão a fugir-nos debaixo dos pés e vislumbramos de imediato a iminente probabilidade de uma fractura num osso qualquer. Ainda tentei algumas vezes, mas apercebi-me que a história não ia ter um final feliz e pus de parte a hipótese de adquirir uns exemplares, até que me lembrei que, na minha infância, eu tinha um certo jeito para a patinagem e passava horas na companhia de uma amiga, no ringue do Dramático em Cascais. Naquele tempo não existiam patins em linha, mas ambas tínhamos uns modelos (quase vintage) de quatro rodas, que hoje em dia dão pelo nome de QUAD e, tirando o pessoal da patinagem artística, poucas são as alminhas que os procuram, pelo que a oferta é mesmo muito limitada. Só sei que procurei, encontrei, experimentei e gostei! À parte disso, senti-me confiante, retrocedi uns bons anos na minha vida e constatei que, tal como andar de bicicleta, a patinagem também não se esquece...o pior é que a minha amiga Ana (que imortalizou estes momentos) garante que sou eu quem mais me divirto com isto!!! 
Claro que a tendência é testarmos sempre os nossos limites e não sei muito bem como esta aventura vai acabar...por agora, temos asas nos pés e só desejamos que o chão NÃO seja o nosso limite!

Ana Pádua
26/10/2017

temos asas nos pés...

...e que o céu seja o limite!



imparável...
...mas por hoje acabou!


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A Fada dos Dentes

No passado mês de Agosto, caiu o primeiro dente de leite à Nônô. Era tudo o que ela mais desejava nas férias, não só porque queria experimentar a cadeira dum estomatologista (tem uma fixação quase doentia por qualquer especialidade médica!) e, claro, porque ansiava a chegada da fada dos dentes...
Esta saga iniciou-se há alguns meses atrás quando a Nônô começou a dizer que tinha um dente a abanar...de início ninguém valorizou, até porque considerámos que era sugestão sua e solidariedade para com a sua grande amiga da escola, a quem já tinham caído inúmeros dentes de leite. Mas a verdade é que a Nônô tinha mesmo um dente a abanar e, a partir do momento em que o facto foi confirmado, nunca mais se calou com a história do dente...ou era a lembrar-me constantemente para lhe marcar uma consulta (viu, sabe Deus onde, que era óptimo ir ao dentista porque ofereciam às criancinhas uma escova de dentes com bonecada e mais um crachá que, apesar das suas explicações, nunca entendi a finalidade) ou, excitação total, a fada dos dentes iria visitar-nos...
O mito da fada dos dentes ia caindo por terra quando, nas férias, a Nônô recebeu a visita duns amiguinhos, cuja ascendência é luso-espanhola, que começaram a trocar a fada dos dentes pelo ratón Perez e a criança ficou toda baralhada...lá consegui que o ratón Perez ficasse por Espanha presenteando nuestros hermanos, enquanto eu ia tentando manter viva a tradição da fada dos dentes. Assim, comecei a indagar que presente a Nônô desejava, na crença que ela pediria qualquer acessório da Claire`s, mas a resposta era sempre a mesma e peremptória "um aquário quadrado e um peixinho fêmea". Há já algum tempo que tínhamos um globo com um peixe laranja que a Nônô sempre acreditou ser um macho e primeiro baptizou-o de Coraçãozinho, depois rebaptizou-o de Nemo e, por fim, ficou com o nome Leonardo. Eu chamo-lhe simplesmente "robalo" porque está disforme de gordo, tal é a quantidade de comida que ingere diariamente!
E no 13 de Agosto foi o dia! Sem se aperceber, a Nônô ficou sem o seu primeiro dentinho de leite que foi engolido (com sorte consegui resgatar o segundo que, entretanto também caiu no dia 6 de Setembro e que, religiosamente, foi guardado, enquanto vamos assinalando todas estas "perdas" históricas num quadro próprio para o efeito) e a fada dos dentes teve de aceder ao inédito pedido e, numa bela noite, o globo foi substituído por um aquário quadrado e o Leonardo ganhou uma companheira, a Kika! A alegria da Nônô quando acordou naquela manhã e viu o seu desejo realizado é indescritível e actualmente não há vivalma que não receba um convide formal para conhecer o seu novo aquário e os seus adorados peixes!
O seu interesse por um peixe fêmea sempre me intrigou, mas a avó Nhõnhõ afirmava convictamente que a esperança da criança era que eles se reproduzissem e eu nem queria acreditar na remota possibilidade da Nônô ter no pensamento uma aquacultura caseira, mas há uns dias chamou-me com entusiasmo a dizer que os peixes estavam a dar beijinhos e que deviam ser namorados e quando lhe perguntei porque queria que eles namorassem, a resposta não se fez esperar "para terem peixinhos bebés!"...
Eu não sei se o Leonardo é macho ou se a Kika é fêmea, só sei que um era pouco, dois estão bem, três ou mais serão...DEMAIS!!!

Ana Pádua
13/09/2017

um beijo para a Fada dos Dentes
Kika e Leonardo

a mensagem da Fada dos Dentes
felicidade total

...e vão 2!

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Happy Birthday and...GIVE ME FIVE!

Hoje, a Nônô festeja o seu 5º aniversário e, finalmente, pode mostrar com orgulho a sua mão cheia de tudo!
Uma mão cheia de anos vividos, com muitas histórias para contar e é tão bom sabermos que na sua memória ficaram gravados momentos felizes que adora recordar...
Uma mão cheia de sonhos que desejamos que comandem sempre a sua vida...
Uma mão cheia de risos e sorrisos que fazem acreditar que a sua vida é uma festa...
Uma mão cheia de teimosia, prepotência e autoritarismo, com os quais às vezes não é nada fácil lidar, mas confesso em parte aceitar, talvez por me identificar...
Uma mão cheia de pessoas que estima e que adora presentear com peças do seu tesouro, tesouro esse que me "palmou" e que não é mais do que uma caixa de clips em forma de cão, mas posso garantir que quem recebe um desses clips é porque tem mesmo um lugar mais do que especial no seu coração...
Uma mão cheia de ciúmes que a faz não suportar ouvir-me dizer que alguma criancinha é querida ou amorosa porque, segundo a Nônô, querida e amorosa é ela!...
Uma mão cheia de imaginário, apesar do Pai Natal e do coelho da Páscoa já terem sido desmascarados, um porque vinha com a barba presa com um elástico atrás das orelhas e o outro porque a Nônô garante que ninguém tem pêlos azuis a sair do corpo (ainda não conhece a Wanda Stuart!) e só resta mesmo a sua fé inabalável no Anjo da Guarda que a Nônô assegura já ter avistado no céu e que, cá por casa tem uma dupla função, ora presenteando a Nônô pelo seu bom comportamento, ora tendo as costas largas e sendo responsabilizado por tudo o que não é do seu agrado mas, por incúria minha, no outro dia, esta santa entidade a quem sempre recorro em desespero de causa ia tomando o mesmo rumo que o velho das barbas brancas e o roedor do cesto dos ovos e tudo porque sugeri à Nônô que fosse para a cama pelo seu próprio pé porque eu estava com uma valente dor na coluna, ao que a criança me disse que era sempre o Anjo da Guarda que a transportava (justamente a minha desculpa para justificar o facto dela adormecer num local e acordar noutro), pelo que só me ocorreu dizer-lhe que nesse dia Ele estava de "folga" e a história foi convincente até à manhã seguinte quando a Nônô se deparou com um invólucro vazio dum kinder joy (no qual sou viciada) e que é assim uma espécie de dois brigadeiros imersos num doce de leite e chocolate e que deve ter tanto de delicioso como de calórico e, claro que antes de se iniciar um interrogatório ao estilo da PJ, antecipei-me a dizer que só podia ter sido o Anjo da Guarda e obtive a pergunta: "Ele não estava de folga???"...e assim, os mitos e crenças construídos com tanto amor vão-se desmoronando um por um...
Uma mão cheia de autonomia, que no último ano se tornou ainda mais evidente e que dá um certo jeito, principalmente quando estamos em contra-relógio e a criança toma a iniciativa de se aperaltar para ir para a escola...
Uma mão cheia de letras, com as quais adora escrever palavras, nomeadamente os nomes dos colegas da escola e os remetentes e destinatários dos envelopes das cartas que anseia por conseguir escrever e, quando eu quero ajudar nalguma letra que julgo ser mais difícil, a resposta é peremptória "eu sei perfeitamente que letra é essa!"...
Uma mão cheia de destreza para o comando da televisão que, sem eu dar conta, não quer nada com o canal Panda e com o Disney Junior, passando a ser frequentemente premido num canal com um nome que eu nem consigo pronunciar, só mesmo escrever e, mesmo assim, com alguma dificuldade, e que deve ser das piores coisinhas que tenho visto em matéria televisiva e onde passam umas séries com nomes sugestivos tipo Henry Danger e The Thundermans...
Uma mão cheia de conquistas e vitórias que este ano teve o seu apogeu com o abandono da inseparável chucha e com a mudança definitiva para o seu quarto, sem dramas ou pressões e respeitando sempre o seu tempo e a sua vontade...
Esperamos que ao longo da sua vida tenha muitos "fives" para dar e que, cada um deles, represente uma vitória, mas hoje o famoso "give me five" é nosso e, mais do que nunca, faz todo o sentido, por isso, HAPPY BIRTHDAY and...GIVE ME FIVE!

Ana Pádua
26/06/2017

Parabéns e...

...give me five!

quinta-feira, 27 de abril de 2017

My little pony

O Coffee é um pónei pertencente a um centro hípico que está integrado num clube que a Nônô gosta particularmente de frequentar, não só porque tem um espaço amplo e agradável para variadas brincadeiras, mas também porque as pessoas são todas muito simpáticas e amáveis, por isso, a cada vista, faz novos amigos de todas as idades e, dar mimo e comida aos cavalos, passou a ser o seu hobby favorito.
O problema começou no dia em que a Nônô resolveu dizer que queria experimentar andar em cima dum cavalo...eu estremeci, até porque quando lhe sugeri que montasse o pónei, ela disse peremptoriamente "NÃO" e o que queria mesmo era um cavalo dos grandes! Enquanto eu tentava a negociação possível, acercou-se de nós um tratador e, sem que ninguém lhe perguntasse nada, começou logo a dizer "se a criança quer experimentar um cavalo dos grandes, porque é que insiste que ela monte um pónei?!..." e, tralalitralala lá ia expressando a sua opinião e eu só pensei "por qué no te callas???"...
A minha experiência com cavalos não é de todo a melhor...eu até gostava bastante de equitação; à data montava num emblemático picadeiro aqui da terra com vista para o cemitério da Guia (o que por si só já era um óptimo presságio), até ao dia em que, na sequência duma queda onde rigorosamente nada me aconteceu, ergui-me, comecei a correr atrás do cavalo que assustado se dirigia para a estrada e levei um valente coice que me deixou estatelada no meio do chão e sem grandes recordações do que aconteceu a seguir...só sei que fiquei com a marca da ferradura no meu corpo por um tempo considerável e, não fosse ter sido atingida num dos ossos mais duros do corpo humano (que é como quem diz o esterno) e não estaria aqui para contar a história. Não fiquei traumatizada mas, a partir desse dia, para mim, os cavalos deixaram de ter o encanto que tinham até então. Posteriormente, um amigo ainda me convenceu a dar um passeio a cavalo pela serra, mas como ele gostava de se exibir, às tantas eu já só via os cavalos a galopar por entre as árvores e a vegetação e eu ia mesmo ficando degolada num arbusto, o que também contribuiu para me afastar mais um pouco destas lides. Para finalizar em beleza a minha passagem pelo mundo equestre, há uns anos atrás, uma amiga desafiou-me para umas aulas de equitação com um professor que ambas conhecíamos, mas que considerava que tudo o que nos tinham ensinado até então estava errado e dizia-nos frequentemente que nós tínhamos imensos vícios e manias e mais parecíamos estar a montar no Faroeste...não é que nós nos considerássemos umas amazonas, mas não estávamos dispostas a (re)começar na "seca" do volteio, porque o que nós queríamos mesmo eram apostas, corridas, saltos e obstáculos!...assim, ficámos todos amigos como dantes, ele a "encantar" cavalos e nós a afagar o pêlo a cães e gatos, animais com quem sempre tivemos muito mais empatia.
Mas, às vezes, a vida troca-nos as voltas e a Nônô resolveu apaixonar-se por uma espécie que eu considero que tem tanto de imponente e bonito como de robusto e perigoso...não tive muitos acidentes, mas presenciei uns tantos e estive na eminência de assistir a muitos mais, por isso, digam o que disserem, a equitação é um desporto perigoso! Já me constou que existem uns coletes todos XPTO (ao estilo dos airbags dos carros) que, em caso de acidente, são accionados e, claro, lá se vai o colete mas preserva-se a caixa torácica que é o que realmente importa e isto sossegou-me um pouco. À parte disto, o coelho da Páscoa presenteou a Nônô com o famoso toque, o capacete com o qual sonhava, que a deixou radiante de felicidade e que oferece mais algumas garantias em caso de queda. 
Foram largos meses de namoro aos cavalos, muitas visitas, muitas festas dadas e muitos quilos de cenouras oferecidas, enquanto eu me esforçava por ensinar três regras básicas que hoje a Nônô repete religiosamente...ponto nº 1: dar sempre comida com a mão esticada; ponto nº 2: fazer festinhas ao longo do chanfro e ponto nº 3: nunca, mas NUNCA, correr ou colocar-se atrás dum cavalo.
E pronto, ontem foi O DIA! A Nônô realizou o seu sonho, ou melhor, parte dele, porque só tem idade, estatura e peso para montar um  pónei, mas apreciou tanto, mas tanto, a experiência! Quanto ao Coffee e, apesar de eu nunca ter encontrado nada no seu resenho que justificasse o nome, ficámos a saber que o mesmo advém do facto de ser "speedado", pelo que, muito mais é o que nos une (a todos!) do que aquilo que nos separa!...

Ana Pádua
27/04/2017

best friends
...muito mimo...
...muitas cenouras...
...e muita felicidade

my little equestrienne and the little pony
true love

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

My little "firefighter"

Para a Nônô, os bombeiros são verdadeiros heróis e, este Carnaval, teve direito a integrar a corporação cá da terra, o que para além dum orgulho, é uma justa homenagem a uma das profissões que mais admira.
Cada vez que avista um carro dos bombeiros ou uma ambulância, fica na maior das excitações, então se estiverem com as luzes de emergência ligadas e com as sirenes accionadas tanto melhor, para ela, claro, porque a mim todo aquele aparato me perturba um bocado. Também já se apercebeu que existem vários tipos de ambulâncias e, no outro dia, avistou uma carrinha pertencente a uma associação de apoio domiciliar de idosos (que se assemelha a um carro de transporte de doentes, mas que na realidade não é) e, mesmo após eu lhe ter explicado de que viatura se tratava, lá tive de ir em plena perseguição do referido veículo pelas ruas deste concelho, para que a Nônô se certificasse que não tinha deixado escapar um raro exemplar...
Durante algum tempo e numa tentativa de poupa-la aquilo que terá a vida toda para entender, ainda consegui mantê-la na ilusão de que a função dos bombeiros se resumia ao resgate de gatos dos telhados e das árvores e muitas das histórias para adormecer centravam-se neste belíssimo argumento. Nunca gostei muito de falar-lhe de incêndios nem tão pouco de outros acidentes mas, um belo dia, ao sairmos da escola, estava uma ambulância parada no meio da estrada e a Nônô perguntou-me o que faziam ali os bombeiros e eu só me ocorreu dizer-lhe que deviam ter ficado sem gasolina e obtive como resposta "também podem estar a ajudar alguém"...a partir daí, as funções dos bombeiros foram mais clarificadas e, se os soldados da paz já eram adorados, passaram a ser idolatrados pela Nônô, aliás todos aqueles que salvam vidas, incluindo os profissionais de saúde, têm um lugar mais do que especial no seu coração.
Há umas semanas, uma amiga fracturou um braço e nós fomos visita-la...a "tia" lesionada resolveu ligar a televisão num canal para crianças, numa tentativa de distrair a Nônô para podermos conversar à vontade, mas a Nônô virou-se de costas para a televisão e seguiu atentamente toda a descrição da aparatosa queda, das diferentes imobilizações que experimentou, da cirurgia com direito a placa e parafusos, das peripécias do pós-operatório e mais as visualizações dos RX que deixaram a Nônô "vidrada" num programa de Domingo que acabou por revelar-se interessantíssimo para ela que, ainda hoje, reproduz na íntegra toda a história que a minha amiga quer mais é esquecer!...
Enfim, é Carnaval e vamos brincar, mas decidimos que também vamos ajudar...um dia li numa entrevista ao Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais (alguém que, por sinal, muito estimo) que a melhor forma de ajudar os bombeiros, não é encher o quartel de mantimentos nas épocas mais críticas (até porque, quando é necessário, a protecção civil encarrega-se disso) mas tornar-mo-nos sócios da instituição, isso sim, é o melhor que podemos fazer por todos aqueles que tanto fazem por nós...e foi o que fizemos! 
UMA VEZ BOMBEIRO(A), SEMPRE BOMBEIRO(A)!...

Ana Pádua
24/02/2017

my little "firefighter"

ao comando...

...da corporação

a mais recente "aquisição" dos B.V.C.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

HAPPY END...

Contrariamente ao que acontece todos os anos, em que a seguir ao dia de Reis, o décor da quadra é todo empacotado à espera do próximo Natal, este ano, a falta de tempo aliada a muitos outros factores, fizeram com que a decoração natalícia se mantivesse até há dois dias atrás. Não acredito no destino mas, às vezes, nada acontece por acaso e tudo tem uma razão de ser e, este ano, estávamos longe de imaginar que a magia do Natal ainda não tinha acabado e que se iria prolongar por tanto tempo...
Quem me conhece bem, sabe que eu "papo" quase todo o tipo de passatempos que me aparecem pela frente e, apesar de não me considerar competitiva, gosto muito de concorrer e, acima de tudo, adoro vencer! Nunca ganhei viagens idílicas nem automóveis de sonho, mas já recebi prémios que me deixaram muito feliz e, depois, aquela sensação de receber o telefonema com a notícia é deliciosa e adoro partilhar com duas ou três pessoas (que são sempre as mesmas!) que vibram mais do que eu com estas histórias e depois passamos o resto do dia numa eufórica troca de mensagens, qual euromilhões nos tivesse saído! Gosto particularmente daqueles concursos em que uma pessoa tem de mostrar que merece vencer, já que aqueles sorteios aleatórios tipo random (que me parecem sempre viciados, mas que por acaso até já ganhei alguns) não me dizem grande coisa...isto tudo para dizer que, por altura do Natal passado, resolvi escrever uma carta ao Pai Natal enquadrada num passatempo dum shampoo da Garnier para crianças, em que os vencedores seriam contemplados com o pedido expresso na carta, caso o soubessem justificar convenientemente...foi o primeiro passatempo que fiz em conjunto com a Nônô e lembro-me perfeitamente do momento em que juntas redigimos a carta e, principalmente, o entusiasmo da Nôquando a colocou no correio com a convicção plena de que seria a eleita pelo Pai Natal...
O Natal passou, o velhote das barbas brancas já deve ter chegado à Lapónia e eu nunca mais me lembrei do referido concurso até que, a meio da semana passada, andava eu na minha vidinha quando recebi o famoso telefonema com a notícia de que a carta da Nônô tinha sido uma das seleccionadas para receber o pedido feito ao Pai Natal. Escusado será dizer que eu fiquei feliz e a Nônô ficou radiante!
No último Domingo, a manhã não começou da melhor maneira para a Nônô que acordou com uma virose, com vómito a toda a hora e eu, que já nem sabia bem para que lado me virar, sou surpreendida com o toque da campainha e mais um encapuzado (que vislumbrei pelo intercomunicador) a dizer que vinha da parte da Garnier e a pedir-nos para descermos para uma breve filmagem...eu lá lhe expliquei o que se estava a passar e ele disse-me que aguardava que a Nônô se recompusesse até porque o seu colega ainda se estava a equipar...a Nônô esperava com toda a legitimidade receber a visita do Pai Natal a quem escrevera a carta e a desilusão apoderou-se dela quando se deparou com alguém mascarado de maçã verde, numa clara alusão à composição do shampoo das criancinhas, a solicitar abraços, beijos e mais apertos de mão, a oferecer uma embalagem do produto ao qual fazia propaganda e, para piorar o cenário, a entregar-lhe vários presentes mas NÃO o que a Nônô tinha expressamente pedido na carta...eu nem me apercebi do lapso mas, quando chegámos a casa, a Nônô pediu-me para telefonar aos senhores da Garnier e dizer que, apesar de serem simpáticos, a entrega deveria ser feita pelo pai Natal e que ela tinha pedido o "Nenuco dorme contigo" que tem uma cama rosa e mais uma luz de presença e se acopla à cama das meninas e NÃO o "Nenuco bons sonhos" que acabara de receber...eu retive a informação, mas zarpei logo foi para o Hospital, um local que, por sinal, a Nônô aprecia bastante e incrivelmente acabou por revelar-se um programa mais interessante para a criança que a visita dos senhores da Garnier...desta vez ocorreu-lhe começar a pedir à médica das urgências para lhe requisitar um RX (que obviamente não necessitava) e a "xôtora" nem estava a acreditar no que ouvia e só me perguntou se a minha filha sabia do que se tratava. Eu respondi afirmativamente e ainda acrescentei que a Nônô integra aquele grupo de pessoas (umas idosas outras nem tanto) que vivem, ou melhor, viviam (que a "coisa" agora está mais controlada) a pedir requisições para exames complementares de diagnóstico, numa tentativa de darem cabo de vez do Sistema Nacional de Saúde...
...um Domingo diferente, mas com HAPPY END!


Ana Pádua
26/01/2017 

HAPPY
a carta ao Pai Natal...
...e o presente no sapatinho