Sem me dar conta, os ídolos da Nônô mudaram no decorrer do último ano e, de repente, a Luna (uma criatura de quem eu nunca tinha ouvido falar e, entre outras coisas, sabe patinar) passou a fazer parte da nossa vida.
Nas últimas festividades do dia da criança em Cascais, estava montado um "estaminé" da Decathlon com muitas actividades e com uns colaboradores para lá de giros e simpáticos e com uma paciência infinita para a criançada que me deixou extasiada. A Nônô quis logo experimentar a patinagem e, nem a imensa fila que tinha pela frente, a fez desistir...a partir daí e até ao seu aniversário, não se cansou de pedir uns patins em linha e eu só temia que partisse os dentinhos da frente, algo que eu tanto estimo e que sempre tentei preservar-lhe.
No dia em que recebeu os ambicionados patins, só não dormiu com eles porque não calhou e, desde então,
a cozinha da avó, a nossa varanda ou mesmo a minha clínica são um
perfeito ringue de patinagem. Claro que às vezes também cai, mas diz
logo "estou bem", levanta-se e segue o seu caminho e, mais
recentemente, ao estilo da patinagem artística, já se aventura e quer
rodopiar...
Explicar
a uma criança como se patina e algumas técnicas não é tarefa fácil, ou melhor, não é tão
fácil como explicar-lhe como se anda de bicicleta, pois aí uma pessoa segura
no guiador e vai dando umas dicas, pelo que resolvi também arranjar uns patins para mim e esta foi a verdadeira aventura!!!
Há muito tempo que não me ria tanto sozinha, que não me ria tanto de mim nem das figuras que fiz...eu
pensava que andar de patins em linha era facílimo a avaliar pela
destreza com que a maioria das crianças o faz, mas não, é mesmo muito difícil e, assim que
os colocamos, sentimos literalmente o chão a fugir-nos debaixo dos pés e
vislumbramos de imediato a iminente probabilidade de uma fractura num
osso qualquer. Ainda tentei algumas vezes, mas apercebi-me que a história não ia ter um final feliz e pus de parte a hipótese de adquirir uns exemplares, até que me lembrei que, na minha infância, eu tinha um certo jeito para a patinagem e passava horas na companhia de uma amiga, no ringue do Dramático em Cascais. Naquele tempo não existiam patins em linha, mas ambas tínhamos uns modelos (quase vintage)
de quatro rodas, que hoje em dia dão pelo nome de QUAD e, tirando o
pessoal da patinagem artística, poucas são as alminhas que os procuram,
pelo que a oferta é mesmo muito limitada. Só sei que procurei,
encontrei, experimentei e gostei! À parte disso, senti-me confiante,
retrocedi uns bons anos na minha vida e constatei que, tal como andar de bicicleta, a patinagem também não se esquece...o pior é que a minha amiga Ana (que imortalizou estes momentos) garante que sou eu quem mais me divirto com isto!!!
Claro que a tendência é testarmos sempre os nossos limites e não sei muito bem como esta aventura vai acabar...por agora, temos asas nos pés e só desejamos que o chão NÃO seja o nosso limite!
Ana Pádua
26/10/2017
Claro que a tendência é testarmos sempre os nossos limites e não sei muito bem como esta aventura vai acabar...por agora, temos asas nos pés e só desejamos que o chão NÃO seja o nosso limite!
Ana Pádua
26/10/2017
temos asas nos pés... |
...e que o céu seja o limite! |
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