A Nônô sempre gostou de carros e, caso lhe fosse permitido, passaria grande parte do seu tempo a mexer em tudo o que são chaves, comandos, botões e mais o que houver para explorar dentro de um veículo...já não acha graça nenhuma a manter-se sentada na sua própria cadeira e o pior é que aprendeu rapidamente a tirar os cintos de segurança e temos de ter um cuidado redobrado quando viajamos. Todos os dias pergunta quando é que pode viajar num dos lugares dianteiros e eu respondo-lhe sempre que só quando tiver a idade das primas e veremos se a criança se mentaliza que ainda tem de crescer um bocadinho assim...
Um dos seus hobbies preferidos é sentar-se com o pai ao volante do carro e imaginar-se a conduzi-lo e já chegou mesmo a pedir um automóvel para si própria mas, por enquanto, tem de contentar-se com outro tipo de veículos e já passou por um triciclo, por uma trotinete, por uma bicicleta sem pedais (daquelas que visam promover o equilíbrio mas, quando as crianças ainda não o têm, caiem que nem tortas e, quando já não caiem, também já não precisam daquilo para nada!) e, por último e para seu regozijo, herdou a "bicla" do primo...a bicicleta ainda é alta para a Nônô e, apesar de ter rodinhas atrás, já estão todas empenadas e mal tocam o chão, por isso, eu nem percebo como é que a criança se equilibra, mas a verdade é que está imparável!
Da avó Nhõnhõ recebeu o cartão acp junior e, a partir desse momento, a Nônô passou a achar-se totalmente encartada e, como o referido cartão tem inúmeros descontos e vantagens em escolas, creches e ATL, livrarias e papelarias, parques temáticos, restaurantes, museus e teatros, a sua felicidade é ainda maior.
De vez em quando, a Nônô também comete a sua infracçãozita e gosta
tanto de usar capacete como eu gosto de usar o cinto de
segurança...(in)felizmente o meu carro não veio artilhado com aqueles dispositivos
que imitem uns avisos sonoros para lá de irritantes que só cessam de nos
azucrinar o cérebro quando somos fiéis cumpridores das normas de
seguranças e a minha transgressão já foi severamente punida (e doeu!); não sei se a minha relutância se prendia com a sensação de liberdade, com o incómodo do "põe cinto / tira cinto" nas pequenas distâncias ou com o facto da minha carta ainda ser do tempo em que esta obrigatoriedade não se aplicava às localidades, só sei que deve ter sido a regra que mais transgredi em toda a minha vida!
A última descoberta da Nônô foram os sinais de trânsito e eu que, ao volante, já tenho uma certa tendência a distrair-me com um simples raio de sol, passei a ter uma condução que se desdobra diariamente entre a concentração que me é exigida para o efeito e a atenção dispensada à minha "aluna" durante as nossas autênticas aulas de código...a Nônô gosta de jogar ao "jogo dos sinais", um jogo apelidado e imaginado por ela e que basicamente consiste em identificar os sinais de trânsito que nos vão aparecendo pela frente ao longo do nosso percurso...o STOP, o sentido proibido, a passagem de peões, a proximidade de escola, a proibição de ultrapassar, os vários perigos (lomba, curva), o estacionamento para pessoas portadoras de deficiência, a perda de prioridade e a sinalização de rotunda são alguns exemplos, mas o que mais gostamos de ouvi-la adivinhar são os sinais com a limitação de velocidade porque, atendendo à diversidade dos mesmos, a Nônô resolveu simplificar o código da estrada e limita-se a dizer "proibido circular a mais quilómetros por hora"...
...mas o que realmente desejamos é que o Sentido Obrigatório da sua vida seja rumo à FELICIDADE!...
Ana Pádua
10/03/2016
Sentido Obrigatório: FELICIDADE |
a pequena "infractora" |
cartão acp junior |
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