Hoje é o DIA pelo qual a Nônô mais ansiou ultimamente, o DIA do seu aniversário, o DIA em que celebra 3 anos! É DIA de festa na escola, é rainha por um DIA, com direito a coroa e tudo, e ainda vai ser surpreendida com um bolo da Kitty (da minha autoria), que foi o que mais desejou para este DIA em que festeja mais um ano...e que ano!!!
Foi o ano da dicotomia entre o querer ser crescida e simultaneamente
querer ser o eterno bebé da casa, ou seja, querer o melhor dos dois mundos...
Foi o ano da autonomia, da independência, do querer fazer tudo sozinha, o que umas vezes
até dá um certo jeito e outras só atrapalha e atrasa as rotinas
quotidianas...
Foi o ano em que conseguimos alcançar um dos objectivos a que nos propusemos...a Nônô largou as fraldas que, à semelhança da chucha, já só usa para dormir mas, em relação a esta última, não faço a mais pequena questão que se despegue dela tão cedo porque desde o dia do seu nascimento tem sida a minha melhor "amiga"...
Foi o ano em que contei, ou melhor, inventei o maior número de histórias, o que a uma média de 3 por noite (mais para mais do que para menos) deve dar para cima de 1000 e este feito é, no mínimo, digno do Guinness...
Foi o ano em que finalmente a Nônô começou a perceber que a noite é para dormir e, claro, para deixar dormir...
Foi também o ano em que a Nônô descobriu o verdadeiro prazer da
comida, tendo-se transformado num bom garfo, ou vá lá razoável, e esta
talvez tenha sido a nossa maior victória...delicia-se com arroz de pato, gosta de fruta e salada, adora camarão e
não resiste a sushi (manuseia os pauzinhos com destreza e, no final, ainda
vira de um só gole o molho de soja que é para o cenário ficar limpinho)...
Foi o ano em que, graças à Nônô, me viciei em todo e qualquer
tipo de Kinder, um chocolate que eu nem apreciava e cujas respectivas
surpresas aprendi a montar em tempo recorde...
Foi o ano que ficou marcado pela evolução da sua linguagem (num instante os vocábulos monossílabos e dissílabos deram lugar a todas as outras palavras) e é fácil deixar-mo-nos contagiar com a euforia da Nônô quando consegue pronunciar termos que considera difíceis, como "garrafa", "oculista" e "Volkswagen"...
Foi o ano em que descobri que convivo diariamente com um "papagaio" que me fez descobrir que uso frequentemente expressões que eu nem suspeitava que proferia ("que chatice!" encabeça a lista)...
Foi o ano em que, muitas vezes falámos em código, numa tentativa frustrada de passarmos mensagens uns aos outros, como por exemplo "alguém quer aquela coisa que se bebe a seguir às refeições", para ouvirmos instantaneamente a Nônô dizer "também póxo beber um café?"...
Foi o ano em que mais arejámos, até porque se há coisa que a Nônô gosta é de qualquer actividade ao ar livre e não se cansa de dizer "gosto muito de rua"...
Foi o ano em que, muitas vezes falámos em código, numa tentativa frustrada de passarmos mensagens uns aos outros, como por exemplo "alguém quer aquela coisa que se bebe a seguir às refeições", para ouvirmos instantaneamente a Nônô dizer "também póxo beber um café?"...
Foi o ano em que mais arejámos, até porque se há coisa que a Nônô gosta é de qualquer actividade ao ar livre e não se cansa de dizer "gosto muito de rua"...
Foi o ano em que descobri que a Nônô adora escalada e que qualquer local é óptimo para ser trepado e nem as ripas dos armários da casa de banho são poupadas,
pelo que o seu herói só podia mesmo ser o homem-aranha...
Foi o ano em que me apercebi que a Nônô tem uma certa tendência para ser radical e, desde que viu uns rapazes fazerem umas acrobacias de skate, vive a sonhar com o DIA em que receberá a sua pequena prancha com rodinhas e, enquanto esse DIA não chega, resolveu improvisar um skate com o que tinha lá por casa...
E foi o ano em que a Nônô mudou de visual e, tal como todas as suas "tias" quarentonas que, ou estão miopes ou estão hipermétropes, também começou a usar óculos...
E foi o ano em que a Nônô mudou de visual e, tal como todas as suas "tias" quarentonas que, ou estão miopes ou estão hipermétropes, também começou a usar óculos...
Mas, foi de longe o ano mais exigente, porque foi o ano de afirmação
da sua personalidade com tudo o que
isso tem de bom e de menos bom, onde a nossa permissividade foi constantemente testada bem como os limites da nossa paciência e, não foram raras as vezes, em
que dei por mim a pensar "Um DIA terei de administrar-te ritalina ou prescrever a mim própria xanax"...mas nunca foi o DIA!, até porque já me garantiram que os anos
que se avizinham são ainda mais desgastantes do ponto de vista emocional e o apogeu disto tudo chegará na
adolescência...
...mas quando a Nônô nos segreda um "amo-te" ou um "gosto muito de ti" ou, melhor ainda, quando espontaneamente ouvimos da sua boca "estou tão contente" ou "estou mesmo feliz", o balanço deste ano fica logo arrumado porque a sua alegria é tudo o que mais desejamos e é tudo aquilo em que realmente nos empenhamos...
Hoje é o DIA, o TEU DIA, MUITOS PARABÉNS NÔNÔ!!!
Hoje é o DIA, o TEU DIA, MUITOS PARABÉNS NÔNÔ!!!
Ana Pádua
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