Desde o nascimento da Nônô (e já lá vão 2 anos e 4 meses) que o seu cabelo ainda não tinha visto uma tesoura e há uns dias foi o dia!
Não estava a cumprir nenhuma promessa (tipo "só te corto o cabelo quando o Benfica for novamente campeão europeu de futebol"), mas a única razão para o constante adiar desta decisão prendia-se com o meu gosto pessoal em pentear-lhe os largos caracóis e prender-lhe o cabelo num rabo de cavalo. Tratei de explicar-lhe o que se iria passar no cabeleireiro, prometi-lhe um presente se o seu comportamento fosse exemplar e o seu entusiasmo com toda a situação fez-me prever que o desfecho seria pacífico...
Não estava a cumprir nenhuma promessa (tipo "só te corto o cabelo quando o Benfica for novamente campeão europeu de futebol"), mas a única razão para o constante adiar desta decisão prendia-se com o meu gosto pessoal em pentear-lhe os largos caracóis e prender-lhe o cabelo num rabo de cavalo. Tratei de explicar-lhe o que se iria passar no cabeleireiro, prometi-lhe um presente se o seu comportamento fosse exemplar e o seu entusiasmo com toda a situação fez-me prever que o desfecho seria pacífico...
Assim que chegámos ao local escolhido, a Nônô sentou-se numa cadeira e colocaram-lhe uma longa capa amarela com uns cães muito engraçados que a deixou surpreendida por nunca se ter visto com semelhante indumentária e a atenção que lhe foi dada por todas as cabeleireiras, esteticistas, manicures e técnicas de coloração deixou-a embevecida...a doce Lurdes cortou-lhe o 1º caracol que foi religiosamente guardado numa caixinha que lhe tinha sido oferecida propositadamente para o efeito e a verdade é que a Nônô comportou-se lindamente na 1ª ida ao cabeleireiro e mais parecia que todas as semanas era cliente do salão...
E como o prometido é devido, no final teve como presente um conjunto de canetas de feltro (mais um para juntar a outros tantos que lhe foram oferecendo e com o continuado uso se inutilizaram) para criar as suas adoradas "obras"...
Mas, nas mãos das criancinhas, as canetas são sempre um pau de dois gumes e, se por um lado, os mais pequenos passam umas horinhas (ou melhor dizendo uns minutinhos) entretidos sem fazerem disparates e estimulando a sua imaginação, por outro, todos os petizes têm uma fixação quase doentia por desenvolverem a sua criatividade numa parede branca, num sofá claro ou numa cadeira cândida. A Nônô já tinha tentado grafitar uma parede lá de casa, mas prontamente cortei-lhe a arte e não repetiu o feito, mas desta vez, na ausência de um sofá alvo, resolveu personalizar uma cadeira (que de imaculada já não tinha muito), qual Kandinsky ou Pollock nos seus melhores dias!
E foi assim que o 1º corte de cabelo inspirou a 1ª obra de arte!
Ana Pádua
au coiffeur |
new look e "só falta um bocadinho assim" |
caixa "Poleiro da Tininha" |
o 1º caracol |
a 1ª obra de arte |
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