domingo, 5 de maio de 2024

A mãe é chata!

A mãe chata é o pesadelo de qualquer criança ou adolescente, cujo maior sonho seria ter uma mãe fixe...
Existe uma espécie de padrão, pois quem foi educado por uma mãe chata tende a transformar-se numa mãe fixe e quem recebeu ensinamentos duma mãe fixe converte-se, invariavelmente, numa mãe chata.
No entanto, há quem diga que qualquer adulto bem sucedido teve uma mãe chata a educá-lo... queiramos acreditar que sim!
A mãe chata, assim que detecta o primeiro dentinho de leite, já está de escova de dentes em riste e, daí em diante e até os filhos atingirem a maioridade, põe a tocar o single cuja faixa A é o tema “Vai lavar os dentes!” e a faixa B tem a versão ”Já lavaste os dentes?” e, na dúvida, recorre ao seu faro apurado para certificar-se que o dentífrico foi usado.
A mãe fixe é o doce em pessoa e, como tudo o que quer é ver as crianças felizes a qualquer custo, permite o consumo de açúcar em barda para os níveis de serotonina das criancinhas estarem sempre em alta e ninguém se revoltar com a vidinha, evitando assim qualquer crise existencial.
A mãe fixe mantém-se sempre "zen", conseguindo meditar até mesmo no meio do caos, já a mãe chata vai tentando impor a regra e a disciplina a muito custo, elevando os decibéis da sua voz.
A mãe fixe adora fotografar-se acompanhada das filhas, mais parecendo idolatrarem os Rolling Stones porque insistem em mostrar as respectivas línguas ao mundo (vá lá saber-se a razão!) e também participa activamente nos vídeos que as miúdas partilham no TikTok, sempre acompanhados de hashtags #mummycool#melhoresamigas#manas#BFF#adolescentes.
Já a mãe chata, só de ouvir falar em tal rede social, fica com tamanha náusea que mais parece ter-lhe sido administrada uma dose de tramadol por via endovenosa.
A mãe fixe tem a mesma "playlist" da filha e ouvem frequentemente funk brasileiro, o qual dominam na perfeição. A mãe chata comunga da opinião que o pior erro português foi a descoberta do Brasil em 1500, pelo que censura, embora ingloriamente, tudo o que é consumido oriundo do país "irmão".
A mãe chata obriga as criancinhas a saberem o teorema de Pitágoras na ponta da língua, mesmo sabendo de antemão que irão utilizá-lo uma vez na vida ou, com sorte, talvez duas! Também não descansa enquanto os filhinhos não conjugam correctamente os verbos em todas as suas flexões, formas, modos, pessoas e números, expressando uma inexplicável alegria quando as mesmas conseguem enunciar a segunda pessoa do plural no presente do conjuntivo de um qualquer verbo. E quando recebem um whatsapp da descendência, passam a pente fino a ortografia, mais parecendo um corrector automático.
Para a mãe fixe, o mais importante são as artes e consegue ver um pequeno artista onde mais ninguém vê, mas interessa-se sobretudo por uma parte da história de Portugal, impingida de um modo autista nos manuais escolares e rejubila de orgulho quando vê os seus meninos, já bem crescidinhos, ingerirem cevada sob a forma de litrosa e fumarem erva enquanto entoam o “Grândola vila morena” num 25 de Abril qualquer...
Mas curiosamente, é a mãe chata que é frequentemente catapultada para uma alta patente das forças armadas com distintivos como “generala”, “coronela”, “sargenta” ou “capitã”.
A mim coube-me em sorte o título (atribuído pela minha própria filha) de “Gerente Disto Tudo”, GDT portanto, e não sei se foi influenciada pelo GGG (Grande Gigante Gentil) que a criança andava a ler ou pelo DDT (Dono Disto Tudo) de quem ouvira falar...
Sei, isso sim, que fiquei a reflectir sobre o assunto, não por eu aspirar a uma qualquer divisa militar, mas por pensar que a minha própria mãe não foi suficientemente chata, porque se o tivesse sido, em vez de Gerente Disto Tudo (GDT), talvez pudesse ter sido DDT como o outro, o que seguramente me daria muito mais rendimento e, acima de tudo, menos trabalho e preocupação...

Feliz Dia da MÃE (à chata, à fixe e, sobretudo, àquela que nos ama incondicionalmente!)

Ana Pádua
05/05/2024

segunda-feira, 26 de junho de 2023

11 anos e felicidade a dobrar...

Foi dia de cantar os Parabéns à Nônô e foi a primeira vez que o seu bolo de aniversário teve a repetição do mesmo número, o que significa a entrada na pré-adolescência e o caminho a passos largos para aquela idade em que não se sabe nada mas julga-se saber tudo!
Foi também o dia de receber as notas finais e foi, sem dúvida, a maior recompensa de todo o esforço e dedicação no ano de todas as mudanças...mudança de ciclo, de escola, de horários, de ritmos, de rotinas, de hábitos e de método de estudo!
Por entre testes e mais testes, questões de aula e provas de aferição, houve algo que se tornou um ritual, uma espécie de amuleto...um bilhetinho de boa sorte colocado estrategicamente na sua mochila e que foram coleccionados e guardados com tanto carinho que ficaram imortalizados num quadro...e foi o presente mais apreciado!
No ano em que conheceu tantos professores e onde alguns já se tornaram os seus "influencers", especialmente a professora a quem carinhosamente chama "Coraçãozinho" e com quem descobriu que os "primos" também podem ser números e, por entre fracções e tantas outras operações, potências e sequências, medição de ângulos e semelhança de triângulos, há uma ciência chamada MATEMÁTICA, importante demais para não ser amada...
As CIÊNCIAS NATURAIS foram agradáveis de estudar...o solo, as rochas e os minerais, mais as propriedades do ar e da água e, por fim, os adorados animais!
O INGLÊS aprendido vai dando para comunicar e quando se ouve da Nônô um "Can I?", já se sabe que há um "bife", pouco contente, a largar o usufruto de algum pertence...
A HISTÓRIA, que tantas vezes a fez bocejar, foi a disciplina que mais teve de "empinar", desde importantes conquistas aos castelhanos, aos muçulmanos e mais aos romanos. Por entre datas relevantes e tantos reis, o D. Dinis foi o único por quem nutriu alguma simpatia, talvez por muito ter feito por Portugal e ter declarado o português como língua oficial...
O PORTUGUÊS nunca foi descurado, mas um dos livros de leitura obrigatória foi logo censurado! É que "A mulher que matou os peixes", como se não bastasse estar traduzido com aquele "sotaque" que o Costa lamenta não termos adoptado, tem página após página, uma escritora a exterminar tudo o que é animal...
Em casa, a Nônô não permite que se extinga mosca, melga ou mosquito, o que leva uma pessoa a ter comportamentos que jamais considerou razoáveis, mais parecendo a minha avó que não matava uma formiga...teme-se seriamente que venha a querer filiar-se no PAN, ou pior ainda, que se torne membro do IRA...

Parabéns querida Nônô e que sejas sempre feliz, muito feliz...com a liberdade para poderes "voar" e a segurança de ao "ninho" saberes regressar!

Ana Pádua
26/06/2023


11 anos

o presente mais apreciado




quinta-feira, 30 de junho de 2022

Foi dia de celebrar o final deste ano lectivo e, apesar da saudade que inevitavelmente todos nós já começámos a sentir, reconforta-nos saber que o portão da escola que um dia escolhemos para os nossos filhos permanecerá sempre aberto para os receber...
Foi num misto de emoções que hoje estes meninos encerraram um ciclo (talvez o mais marcante em termos de escolaridade!) e, se por um lado levam em si todos os sonhos dum futuro promissor, por outro levam muitas histórias e memórias da escola onde foram verdadeiramente felizes.
Gostaríamos de agradecer a todos aqueles que fizeram parte da vida destes alunos (hoje finalistas!) ao longo de todos os anos em que frequentaram o CAP que, mais do que uma escola, foi sempre um porto seguro.
Foi aqui que muitos deles deram os primeiros passos e aprenderam tantas palavras, onde tiveram muito colo e fizeram os primeiros amigos e mais tarde também acolheram todos aqueles que com eles iniciaram ou foram integrando o seu percurso escolar.
Foram anos inesquecíveis de crescimento e aprendizagem e seremos eternamente gratos à Cátia que os ensinou a ler e os incentivou a, sem erros, escrever! Aprenderam a somar, a subtrair, a multiplicar e a dividir e tiveram tantos outros ensinamentos que certamente lhes serão úteis pela vida toda…representaram, opinaram e escutaram, apresentaram projectos e tornaram-se seguros em tantas valências e perante muitas audiências!
Agradecemos também à Carlota que os conduziu durante parte da pandemia inesperada e pôs-lhes na ponta da língua toda a tabuada!
Jamais esqueceremos toda a dedicação que recebemos durante o período escolar de maior incerteza, bem como recordaremos com especial ternura todas as peripécias das aulas on-line e outras que tais e nos tornaram mais conectados do que nunca enquanto pais!
Ainda passámos por um período de transição, onde mesmo com máscaras e distanciamento social, nunca faltaram sorrisos com os olhos e abraços com o coração!
Ao longo dos anos, os meninos puderam desenvolver a sua criatividade com a ajuda da Elsa, da Filipa, da Teresa, da Carla e mais tarde da Joana. Tornaram-se artistas pelas mãos da Manuela, afinaram as vozes com a Juliana e movimentaram o corpo com a Ivania. O desporto ficou a cargo do João e, para além de bem trabalhado o português, a Filipa ensinou-lhes outra língua, o inglês!
Estamos igualmente gratos à Edite, à Carla e à Zé do Ó, a quem se juntou também a Guidó, e a todas as auxiliares sempre disponíveis para solucionar qualquer questão e mais à Rosário que fez a comida que jamais esquecerão!
O nosso obrigado à Ana Margarida que nos permitiu conhecer esta casa e esta família e há 4 anos garantiu a continuidade do projecto educativo em que um dia todos nós confiámos e acreditámos.
Muito obrigada a todos os elementos do CAP e muitas felicidades a todos os meninos que hoje terminaram o 4o ano e, independentemente do caminho que seguirão, que o CAP permaneça sempre no vosso coração!


Ana Pádua
30/06/2022

Recordaremos para sempre o CAP

Parabéns Nônô!

                

Recordação acantonamento CAP

a nossa música

domingo, 26 de junho de 2022

10 anos...PARABÉNS!

Hoje a Nônô completou 10 anos e uma espécie de adolescência precoce começa agora!
Iniciam-se, assim, aqueles 2 anos que medeiam a transição entre a infância e a adolescência propriamente dita e, se por um lado ainda adora peluches e todo um universo infantil, por outro é fascinada por maquilhagem na mesma medida em que adora jogar futebol...e é esta e outras dualidades que marcarão esta fase do processo denominado CRESCER!
Será a idade em que transitará de ciclo de escolaridade, que mudará de escola, que fará novas amizades e que começará, inevitavelmente, a sentir saudades...
Será a idade em que algum do seu "feitiozinho", nomeadamente a teimosia e o gosto por mandar, será o mesmo que nos próximos tempos, conjugará o verbo "desafiar"...
Será a idade em que ainda requisitará muito colo e protecção em casa mas, em surdina, irá sonhar com o bater da asa...
Será a idade de querer os privilégios da infância e, simultaneamente, do futuro terá ânsia...
Será a idade de construir uma identidade, embora da infância leve parte da personalidade...
Será a idade de um estilo próprio começar a definir e do passado tão recente custará a sair...
Será a idade da mudança mas onde se espera que continue a habitar a criança...
Será a idade de testar os limites da paciência e valha-nos alguns anos de experiência!
Parabéns querida Nônô! Que o teu sorriso permaneça e que a magia da infância nunca despareça...

" A mãe Natureza é providencial. Ela da-nos uns anos para desenvolvermos um amor incondicional pelos nossos filhos antes de transformá-los em adolescentes" -William Galvin-

10 anos...PARABÉNS!


Ana Pádua
26/06/2022

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

A caminho da escola (parte 4)

Começou definitivamente mais um ano escolar e a Nônô iniciou o 4º percurso da viagem que começou aqui, seguiu por aqui e depois por aqui e, como será o último ano que frequentará o mesmo estabelecimento de ensino que desde cedo conheceu, foi com uma espécie de saudade imensa dum futuro próximo que hoje foi a caminho da escola...
Será também o último ano do final de um ciclo, considerado por muitos o mais importante na história da vida e no qual se vão construindo sonhos, edificando memórias, selando amizades, consolidando aprendizagens e ficando inevitavelmente com a referência daqueles que ensinam com paixão. 
Têm sido anos intensamente vivenciados por todos os que embarcaram nesta viagem há 3 anos atrás e, a cada percurso, a têm tornado inesquecível; são uma verdadeira equipa construída com o mérito das professoras que jamais serão esquecidas e que os acompanham neste desafio designado ensino e num outro maior denominado crescimento. 
Mesmo quando chegaram tempos de incerteza, foi a escola que nunca permitiu que a angústia ensombrasse as vivências, que o medo fosse uma constante na vida das crianças ou que as rotinas instituídas desaparecessem por completo, como seja a celebração do aniversário de cada aluno (obrigada Rosário por todos os "mimos" confeccionados com tanto amor e, ao que consta, terão sido os melhores bolos desta epopeia!).
E hoje já se sentiu saudades de tudo...das histórias que vivemos, das peripécias das aulas on-line, das "graçolas" de cada criancinha, do carinho das auxiliares, do empenho das educadoras, da empatia das professoras e até do último projecto de Verão...o deste ano foi feito com um entusiasmo especial por ser sobre um local de eleição a Sul, a Casa Chico Zé, onde invariavelmente acabamos as férias e onde é sempre captada a fotografia da praxe antes do regresso às aulas...
Na impossibilidade dos alunos ficarem todos "retidos" ou seguirem pelo mesmo trajecto no próximo ano, só resta mesmo aproveitar cada momento deste último troço!
O trolley com que a Nônô iniciou o seu percurso escolar foi finalmente substituído por uma mochila que se espera continue a ser enriquecida com toda a bagagem imprescindível para o próximo destino...

Boa sorte Nônô e restantes colegas e que o caminho da escola prossiga no caminho da felicidade! 🍀

Ana Pádua
17/09/2021

caminho da escola

a caminho do 1º ano

a caminho do 2º ano


a caminho do 3º ano



a caminho do 4º ano



















o projecto de Verão

quinta-feira, 24 de junho de 2021

9 anos...e o grito do Ipiranga!

Hoje a Nônô festeja o seu 9º aniversário e, sem avisar, metade do caminho até à maioridade já foi percorrido!
A magia e a inocência da infância começam a ficar para trás e a crença nalgumas entidades queridas que davam um jeitão, como a fada dos dentes, o pai Natal e mais o coelho da Páscoa fazem parte dum passado, que embora tão recente, já deixa uma saudade imensa...reconforta saber que povoaram o seu imaginário durante vários anos (mais do que à partida seria espectável) e foram heróis de inúmeras histórias recordadas com carinho e protagonistas de muitas vivências que foram ficando registadas na sua memória.
Por outro lado, o mundo encantado das princesas nunca a seduziu e sempre teve, isso sim, um pequeno fascínio pelo desporto rei e, como frequenta um ano maioritariamente formado por rapazolas, as únicas três meninas da turma tiveram de lutar pelo seu lugar ao sol no mundo do futebol...não há semana em que as canelas fiquem isentas de hematomas, as mãos e os joelhos se salvem de ficar esfolados e não se contabilizem dois ou três pares de calças rasgadas, mas a destreza com que manuseia a bola e finta o adversário, valeu-lhe entre os amiguinhos das férias de Verão, o título de LR7.
Mas a bela idade que hoje celebra, significa o final de um ciclo e o começo de outro e carrega todo um sentido de esforço no desafiante processo de crescimento. Assumir responsabilidades e entender as leis da vida, como a sua finitude, causam ansiedade e inquietação, mas simultaneamente são fundamentais para o desenvolvimento da coragem e da determinação.
A independência e a autonomia, indiscutivelmente apreciadas, tornam-se cada vez mais evidentes. É a idade da afirmação, do pensamento crítico, da argumentação e, como se por si só isso não bastasse, a escola ainda incentiva os meninos a serem interventivos, pelo que as criancinhas têm uma opinião sobre qualquer tema e uma palavra a dizer sobre qualquer assunto, com tudo o que isso tem de bom e de menos bom...
A par disto, não há gancho, laço ou elástico que se aguente mais de um minutos na sua cabeça (geralmente é o tempo de conseguir uma fotografia!), pois a liberdade que reivindica para o seu cabelo é equivalente aquela, que em surdina, vai tentando conquistar...
Em Abril passado, lá deve ter visto nalgum calendário (daqueles que assinalam tudo, mesmo o que queremos esquecer!) uma data que lhe sugeriu liberdade e lembrou-se de começar a reclamar uma certa anarquia para esse dia, pelo que houve necessidade de lembra-la que, por casa, ainda vigora o antigo regime...
É sabido que o dia da revolução há-de chegar, não a dos cravos, mas talvez a das hortenses, que adoramos e que, por sinal, florescem em casa da avó Nhõnhõ nesta época do ano, mas até esse dia chegar, há que aproveitar cada fase desta nova idade que se antevê tão fascinante como desafiante...

Parabéns querida Nônô e que o teu dia seja tal e qual como sonhaste!

Ana Pádua
26/06/2021

9 anos...

...e o grito do Ipiranga!

a sair da "toca"

tudo isto e muito mais!



segunda-feira, 31 de maio de 2021

Uma viagem de descoberta...

O último fim-de-semana era aguardado com entusiasmo desde que surgiram os primeiros rumores que o desconfinamento estava eminente e a vida voltaria a uma certa normalidade.
Assim, no passado Sábado, a Alcateia 729 Cascais partiu para o seu primeiro acampamento e foi gratificante retomar as rotinas do agrupamento. O comportamento exemplar dos lobitos é indiscutivelmente o reflexo da atenção, carinho e empenho com que os "chefes" planeiam cada actividade,
A Nônô sempre nutriu grande simpatia pelas suas catequistas, que com as suas vozes doces, serenas e meigas repetem constantemente a frase "vamos falar de Jesus, Maria e José", mas depressa teve de se adaptar ao escutismo regido pela ordem e disciplina militar, onde o grito "BANDO BRANCO DA MELHOR VONTADE, DA MELHOOOOOR VONTADE!" ecoa a quilómetros de distância...
Foi um fim de semana longe de tecnologias, de solicitações e de convites para aniversários ou festas do pijama e, destas últimas, nem se quer ouvir falar! Já era espectável que, mais dia menos dia, um convite destes surgisse, mas o que não se esperava é que a primeira festa do pijama para a qual a Nônô estivesse convidada, se realizasse em casa dum amigo e não duma amiga! Não sei porque é que o rapaz, ao invés de convidar uns pares com a sua identidade de género para passarem um serão a jogarem fortnite ou minecraftresolveu infernizar a cabeça da sua própria mãe até conseguir persuadi-la a convidar duas amigas. Por sorte, o pai da outra amiguinha convidada é do tipo "pandémico" e, alegando o COVID, cortou logo o "barato" da criançada e o assunto ficou logo ali encerrado, até porque o evento mais parecida com uma festa do pijama permitido à Nônô, foi mesmo a pernoita num acantonamento na sede dos escuteiros, há dois anos atrás.
Desta vez, a excitação foi grande com a preparação da mochila, onde não poderia faltar o saco cama e mais o colchonete, o pijama e alguns produtos de higiene, o bloco de campo, a caneta, o chapéu e o imprescindível protector solar, os mantimentos para a estadia e o cantil da água, sem nunca esquecer a máscara e o álcool-gel.
No regresso vieram as histórias de muita animação e da confraternização possível, da aprendizagem e da introspecção desejada, das caminhadas pela mais bela vila que culminaram com um peddypaper comemorativo dos 40 anos do agrupamento.
E no final ficam sempre as memórias das experienciadas vivenciadas, o que leva cada criança a sonhar, projectar e apreciar este mundo, o que contribui para a construção da sua personalidade fortemente marcada pelo sentido da vida em comunhão com os outros e com a natureza.
O escutismo, mais do que uma actividade ou um modo de vida, é uma viagem de descoberta...e que venham muitas mais!

Ana Pádua
31/05/2021

uma viagem...




...de descoberta!


o merecido descanso

40 anos do agrupamento