sexta-feira, 26 de junho de 2015

...Hoje é o DIA!

Hoje é o DIA pelo qual a Nônô mais ansiou ultimamente, o DIA do seu aniversário, o DIA em que celebra 3 anos! É DIA de festa na escola, é rainha por um DIA, com direito a coroa e tudo, e ainda vai ser surpreendida com um bolo da Kitty (da minha autoria), que foi o que mais desejou para este DIA em que festeja mais um ano...e que ano!!!
Foi o ano da dicotomia entre o querer ser crescida e simultaneamente querer ser o eterno bebé da casa, ou seja, querer o melhor dos dois mundos...
Foi o ano da autonomia, da independência, do querer fazer tudo sozinha, o que umas vezes até dá um certo jeito e outras só atrapalha e atrasa as rotinas quotidianas...
Foi o ano em que conseguimos alcançar um dos objectivos a que nos propusemos...a Nônô largou as fraldas que, à semelhança da chucha, já só usa para dormir mas, em relação a esta última, não faço a mais pequena questão que se despegue dela tão cedo porque desde o dia do seu nascimento tem sida a minha melhor "amiga"...
Foi o ano em que contei, ou melhor, inventei o maior número de histórias, o que a uma média de 3 por noite (mais para mais do que para menos) deve dar para cima de 1000 e este feito é, no mínimo, digno do Guinness...
Foi o ano em que finalmente a Nônô começou a perceber que a noite é para dormir e, claro, para deixar dormir...
Foi também o ano em que a Nônô descobriu o verdadeiro prazer da comida, tendo-se transformado num bom garfo, ou vá lá razoável, e esta talvez tenha sido a nossa maior victória...delicia-se com arroz de pato, gosta de fruta e salada, adora camarão e não resiste a sushi (manuseia os pauzinhos com destreza e, no final, ainda vira de um só gole o molho de soja que é para o cenário ficar limpinho)...
Foi o ano em que, graças à Nônô, me viciei em todo e qualquer tipo de Kinder, um chocolate que eu nem apreciava e cujas respectivas surpresas aprendi a montar em tempo recorde...
Foi o ano que ficou marcado pela evolução da sua linguagem (num instante os vocábulos monossílabos e dissílabos deram lugar a todas as outras palavras) e é fácil deixar-mo-nos contagiar com a euforia da Nônô quando consegue pronunciar termos que considera difíceis, como "garrafa", "oculista" e "Volkswagen"...
Foi o ano em que descobri que convivo diariamente com um "papagaio" que me fez descobrir que uso frequentemente expressões que eu nem suspeitava que proferia ("que chatice!" encabeça a lista)...
Foi o ano em que, muitas vezes falámos em código, numa tentativa frustrada de passarmos mensagens uns aos outros, como por exemplo "alguém quer aquela coisa que se bebe a seguir às refeições", para ouvirmos instantaneamente a Nônô dizer "também póxo beber um café?"...
Foi o ano em que mais arejámos, até porque se há coisa que a Nônô gosta é de qualquer actividade ao ar livre e não se cansa de dizer "gosto muito de rua"...
Foi o ano em que descobri que a Nônô adora escalada e que qualquer local é óptimo para ser trepado e nem as ripas dos armários da casa de banho são poupadas, pelo que o seu herói só podia mesmo ser o homem-aranha...
Foi o ano em que me apercebi que a Nônô tem uma certa tendência para ser radical e, desde que viu uns rapazes fazerem umas acrobacias de skate, vive a sonhar com o DIA em que receberá a sua pequena prancha com rodinhas e, enquanto esse DIA não chega, resolveu improvisar um skate com o que tinha lá por casa...
E foi o ano em que a Nônô mudou de visual e, tal como todas as suas "tias" quarentonas que, ou estão miopes ou estão hipermétropes, também começou a usar óculos... 
Mas, foi de longe o ano mais exigente, porque foi o ano de afirmação da sua personalidade com tudo o que isso tem de bom e de menos bom, onde a nossa permissividade foi constantemente testada bem como os limites da nossa paciência e, não foram raras as vezes, em que dei por mim a pensar "Um DIA terei de administrar-te ritalina ou prescrever a mim própria xanax"...mas nunca foi o DIA!, até porque já me garantiram que os anos que se avizinham são ainda mais desgastantes do ponto de vista emocional e o apogeu disto tudo chegará na adolescência...
...mas quando a Nônô nos segreda um "amo-te" ou um "gosto muito de ti" ou, melhor ainda, quando espontaneamente ouvimos da sua boca "estou tão contente" ou "estou mesmo feliz", o balanço deste ano fica logo arrumado porque a sua alegria é tudo o que mais desejamos e é tudo aquilo em  que realmente nos empenhamos...
Hoje é o DIA, o TEU DIA, MUITOS PARABÉNS NÔNÔ!!! 
Ana Pádua
26/06/2015

3 ANOS
a refeição mais apreciada...

...e o bolo mais desejado

sexta-feira, 12 de junho de 2015

New look and...the Special One!

A Nônô tem um novo visual! Desde que suspeitámos até termos a confirmação de que os óculos seriam uma realidade à qual a Nônô teria forçosamente de se habituar, entrámos num processo de mentalização...a tarefa foi simples, até porque o facto de eu própria usar óculos sempre despertou a curiosidade da criança e a sua consequente cobiça por este tipo de complemento.
O único problema foi mesmo a escolha dos óculos, não pelo modelo em si, porque nesta idade convém que sejam resistentes e inquebráveis, mas pela cor...a Nônô é obstinada pelo roxo e, embora o laranja tivesse sido a primeira cor a ser memorizada, depressa foi destronada pelo roxo e este gosto prevalece até hoje, sendo esta a cor com a qual mais se identifica...em tudo o que pinta tem de predominar o roxo, tudo o que deseja é desta cor, tudo o que pede também é desta tonalidade e, quando por sorte, envereda alguma peça de roupa roxa, para a tirar só com grande negociação...
O roxo é a cor da espiritualidade, da magia e do mistério, sendo por excelência a cor que acalma e tranquiliza e está intimamente ligada à introspecção, à meditação e ao equilíbrio da mente, pois controla os medos e contribui para a paz.
Eu também gosto muito de roxo, mas por outros motivos...é uma cor que vai bem com quase todas, é reconfortante, desperta-me boas energias e nos primórdios foi, a par com o amarelo, a cor de veterinária (embora actualmente as cores sejam amarelo e branco), enfim, são todas boas razões para também eu gostar tanto desta cor!
Quanto à Nônô, não sei de onde lhe vem este gosto mas tenho a minha teoria...o objecto do qual a Nônô nunca se separa, embora actualmente só lhe dê uso para dormir, é uma chucha roxa que, de entre todas as que já usou, sempre foi a sua preferida, pelo que esta cor desde muito cedo a acompanhou e esteve sempre presente em todos os seus momentos e, claro que se os óculos fossem roxos era meio caminho andado para não os tirar da cara, mas claro também que óculos roxos para criança não são facilmente encontrados, apesar da nossa incessante busca, que culminou num achado precioso em atendimento e simpatia no InstitutÓptico da Guia e, se gostarem do novo "look" da Nônô, podem votar neste passatempo aqui.
Mas a 1ª consulta de oftalmologia da Nônô ficou marcada não só pelo seu exemplar comportamento (sempre muito cooperante, como aliás é seu hábito em qualquer procedimento médico e já lhe valeu os mais  rasgados elogios), mas também pelo nosso inesperado encontro com o "Special One"...sim, o próprio, o original, o arrogante, o convencido, o antipático, o "Bonaparte do futebol", o treinador, o Mourinho e, tivesse ele visto a Nônô com uma bola de futebol nos pés, a esta hora a criança já estaria a caminho do Chelsea e o David Luiz, o Lampard e o Drogba podiam fazer as malinhas...mas a verdade é que o "Zezinho" é tão intratável ao vivo como na televisão e em nada fica a dever à fama que o persegue e, nem mesmo se eu mudasse de óculos, alguma vez o conseguiria ver com outros olhos...por tudo isto, "The Special One" só mesmo a Nônô com o seu novo visual!!!

Ana Pádua
12/06/2015

espelho mágico, espelho meu...
..."The Special One" sou mesmo EU!