quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Recado ao Pai (Natal)...

O Natal já passou, mas o Pai Natal ainda anda por aí e, antes que o ano termine e ele regresse à Lapónia, queremos deixar-lhe um recadinho...
Este ano, à semelhança dos anos anteriores, na noite da consoada, o Pai Natal apareceu, mas começou logo mal porque mais parecia estar possuído quando bateu à porta...eu sei que não estávamos em Cascais, que estava um frio de rachar na rua, mas não era necessária tamanha violência para conseguir entrar na casa das pessoas...é que a tão desejada visita mais parecia um assalto!...
Depois ainda tivemos a questão da voz...é que o "velhote" esteve quase a ser desmascarado porque, quando não se consegue mudar a voz, o  melhor é mesmo ficar calado ou limitar-se a dizer o célebre "OHOHOH", antes que o encantamento dê lugar à desilusão e a magia do momento desapareça...
Como se isto não bastasse, quando o Pai (Natal) começou a distribuir presentes pelos mais novos e, no meio dos presentes que a  Nônô tanto gostou, vinha algo que a deixou perplexa...um equipamento completo do Sporting! Claro que a reacção da criança não se fez esperar e as suas frases surgiram em catadupa e por esta ordem "o que é isto???", "o Pai Natal é tonto!!!", "Eu não pedi isto!!!", "O Pai Natal enganou-se, eu sou do Benfica!!!" e, enquanto fazia um esgar de repúdio e dizia "biiiieque", pegou no presente e atirou-o para trás do sofá enquanto ordenava "LIXO!".
A Nônô é natural de Benfica, nasceu nas proximidades da estrada da Luz, tendo partilhado durante uns dias o mesmo hospital com o Pantera Negra (que nesse altura estava lá internado), portanto a ordem natural das coisas é que o SLB seja o clube do seu coração, aliás sempre que vislumbra o estádio da Luz é frequente dizer "eu nasci aqui!"...bom, não foi bem ali, mas foi ao lado e o que realmente importa é que a sua verdadeira essência é  benfiquista! 
Quanto ao Pai (Natal) e, dada a cor da sua indumentária, também tudo aponta para que seja do glorioso...
Eu sei que é muito feio rejeitar presentes e que a educação passa pelos pequenos gestos, mas convenhamos que desta vez o Pai (Natal) "esticou-se" e...quem faz o que quer, ouve o que não quer!...
Também sei que o Sporting agora até tem um "Jesus" que de "menino" tem muito pouco, aliás o nome Judas assentava-lhe muito melhor, mas como estamos numa época de paz e amor, perdoar também deve fazer parte das nossas melhores  intenções...
...e que  2016 seja um ano muito feliz para todos!!!

Ana Pádua
31/12/2015

o que pediu e o que não pediu...

...e para que não restem dúvidas...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Na volta do correio...

Já estamos "embalados" para o Natal...a árvore já foi montada, o presépio nunca deixou de estar armado e até a pequena lembrança para o Pai Natal não foi esquecida, sim porque ele vem mesmo à nossa casa!...nuns anos, o "velhote" é mais divertido, convive connosco e até tiramos umas fotografias com ele para imortalizar o momento, noutros anos, é mais tímido, toca à campainha, despacha o serviço e põe-se a andar, basicamente tudo depende da personalidade do voluntário à força que, na noite de Natal, está disponível para este papelaço...eu tenho a minha preferência, mas nunca digo a ninguém para não ferir susceptibilidades, para não parecer tendenciosa e, acima de tudo,  para ver se me calha alguma coisa no sapatinho...
Este ano, a Nônô não estava com grande pressa em escrever a carta ao Pai Natal (deve ter herdado da família a tendência para deixar tudo para a última hora!), mas lá se decidiu...primeiro ditou e eu escrevi, depois eu li em voz alta e a Nônô transcreveu para um papel com a sua caligrafia e, por fim, foi tudo posto num envelope e endereçado ao Pai Natal e a carta só não foi posta no marco de correio mais próximo, porque os CTT têm mais que fazer nesta altura do ano que andar a brincar ao imaginário dos mais pequenos e, por isso, a correspondência em vez de seguir para a Lapónia, foi directamente para a nossa caixinha das recordações, até porque a Nônô há algum tempo que encontrou uma forma mais divertida e eficaz para expressar os seus desejos e ver realizados os seus sonhos...
Assim, é só vislumbrar um lago, uma fonte, um fontanário ou, na pior das hipóteses, qualquer água estagnada e, qual apaixonada diante da Fontana di Trevi, desata a pedir moedinhas para lançar à água, sempre acompanhadas de um desejo que faz questão de me segredar ao ouvido, na esperança que eu o comunique ao Pai Natal...apesar da Nônô não ser de pedir este mundo e o outro, é de ideias fixas, e os seus pedidos nunca variam muito e englobam sempre um menino para brincar (que só pode ser um Nenuco, embora ultimamente se lembre de pedir uma "mana" de nome Francisca), um skate (que o Pai Natal seguramente não encontrará porque não queremos acabar 2015 nas urgências hospitalares) e a "Ritinha gatinha e caminha" que é uma boneca que, além de gatinhar e andar, eu desejo secretamente que não se atreva a falar!
Mas o que realmente a Nônô esperava todos os dias era receber novidades na volta do correio, porque a cada vez que eu verificava a correspondência, a criança ficava indignadíssima por nunca haver uma única cartita endereçada a ela...todos os dias o ritual se repetia, pedia a chave para abrirmos a caixa do correio, conferia todas as cartas e a desilusão apoderava-se dela...mas ontem houve uma surpresa e o Pai Natal escreveu-lhe um postal onde tecia rasgados elogios ao seu comportamento, o que a deixou muito orgulhosa e o delírio foi total quando se apercebeu que o postal vinha acompanhado por um presente antecipado de Natal...bilhetes para o Festival do Panda!...e é assim, quando menos esperamos, a magia do Natal acontece!!!

Boas Festas para todos, um Santo Natal e um Próspero Ano Novo!

Ana Pádua
21/12/2015 

o postal do Pai Natal...

o presente inesperado...

...e a volta do correio
mais uma moedinha...
...mais um desejo...

...e mais um sonho

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O circo

Este fim-de-semana fomos a um espectáculo que nunca me cativou, o circo! Mesmo em criança, nunca me senti fascinada com as actividades circenses e, com o avançar da idade, fui criando uma espécie de aversão em relação às mesmas...temia pela integridade física dos trapezistas, enervava-me a possibilidade de falhanço dos malabaristas, não achava particular graça aos palhaços, não me impressionava com os truques dos ilusionistas e, acima de tudo, o cativeiro e a domesticação dos animais na base do reforço positivo nunca me convenceu...
Por tudo isto, ainda não tínhamos decidido ir ao circo com a Nônô, mas no Sábado fomos "apanhados na curva" ao sermos surpreendidos com uns convites para o circo internacional que está no Coliseu de Lisboa e aceitámos sem pensar, até porque se tivéssemos pensado não teríamos aceite e, se não tivéssemos aceite, teríamos perdido um magnífico espectáculo...os trapezistas tinham rede e estavam agarrados a cabos para sua segurança, os malabaristas foram incríveis e não falharam, os ilusionistas fizeram a magia do Natal acontecer, os palhaços deliciaram as crianças e a inexistência de números com animais foi louvável! À parte disto, elegemos o momento de fantasia feito com bolas de sabão, cujo efeito é indescritível por palavras, o ponto alto do espectáculo...a Nônô, que é viciada em fazer bolinhas de sabão, ficou deslumbrada e, decerto, vai querer um kit semelhante para tentar fazer o que tanto apreciou.
Mas o nosso dia não foi só circo e aproveitámos esta ida até Lisboa para desfrutar da capital que está transformada numa cidade fantástica cheia de movimento, animação e imbuída de um espírito natalício ao qual ninguém fica indiferente...ainda passeámos pela Avenida da Liberdade (onde assistimos à maratona que por lá passava), pelos Restauradores (onde tivemos de experimentar a "Padaria Portuguesa"), pelo Rossio, pelo Chiado e pelo Príncipe Real onde ficámos surpreendidos com tudo o que vimos e só ficou mesmo a vontade e a promessa de voltarmos em breve...
Obrigado "tia" Carolina e "tio" Pedro por proporcionarem esta experiência tão enriquecedora à Nônô que é sempre a estrela da nossa companhia!...

Ana Pádua
14/12/2015

a estrela da companhia
à entrada para o Coliseu...
no meio da maratona...
...na Padaria Portuguesa